Como foi a relaçao de cortéz com o imperio montezuma
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A manhã de 8 de novembro de 1519 é considerada por muitos historiadores como o maior símbolo do encontro entre dois continentes. Naquele dia, Montezuma e Hernán Cortez puseram-se frente a frente pela primeira vez, no imenso Vale do México. Os dois maiores líderes do Novo Mundo estavam ali para um encontro amigável, mas a tensão era inevitável – afinal, o imperador asteca acolhera em suas terras um comandante que queria justamente conquistá-las. Meses depois, eles voltariam a se encontrar, dessa vez numa batalha sangrenta que terminaria com a morte do líder nativo – e tornaria Cortez o homem mais poderoso das Américas. Os relatos dos conquistadores eternizaram o comandante espanhol, e até hoje acredita-se que ele estava à frente de seu tempo. Sua genialidade militar, no entanto, não ia além de padrões já conhecidos à época. Cortez não apresentou novas táticas de guerra, nem estratégias revolucionárias. O que ele fez foi adotar rotinas de conflitos anteriores ao Descobrimento. Uma das mais importantes foi a aliança com nativos rivais dos astecas. Mas havia outras: o sarampo, a varíola e a gripe dizimaram um terço dos habitantes da capital, Tenochtitlán, em apenas seis meses. Esses males aniquilaram mais índios do que as espadas dos espanhóis.