Como foi a participação do Brasil na guerra civil espanhola?
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Resposta:o pesquisador Silvio Gabriel falou sobre a participação brasileira na guerra civil espanhola, um conflito que teve início em 1936, quando o general Francisco Franco comandou um golpe de estado contra o governo democrático da Segunda República espanhola.
O pesquisador Silvio Gabriel falou sobre a participação brasileira na guerra civil espanhola, um conflito que teve início em 1936, quando o general Francisco Franco comandou um golpe de estado contra o governo democrático da Segunda República espanhola. Mal sucedido, o golpe dividiu a Espanha entre Falangistas e Republicanos. Os primeiros tinham o apoio dos regimes fascistas da Alemanha e Itália, regimes interessados em implantar uma ditadura na Espanha. Conforme ressaltou Silvio Gabriel, citando obra de Paulo Roberto Almeida, "a Espanha dos anos trinta foi um grande laboratório político e militar em todas as rupturas ideológicas do século XX, em particular a luta entre a democracia, o fascismo e o comunismo". Devido à superioridade bélica e de recursos humanos dos falangistas, a derrota republicana foi rápida. "A mobilização dos fascismos em favor de Franco foi, nesse caso, decisiva: em 1º de dezembro de 1936, a Alemanha e a Itália tinham encaminhado cerca de 300 aviões e quase 100 tanques, além de centenas de peças de artilharia e de metralhadoras, dezenas de milhares de granadas de mão e toneladas de munição para armas automáticas. O esforço redobraria nas grandes batalhas do ano seguinte", explica Almeida em seu livro.
Ao falar da participação de estrangeiros no conflito contra o nazifascism, Silvio citou outros nomes além dos brasileiros que foram homenageados na audiência pública, como Diego Rivera, Frida Kahlo, Beth Davis, Robert Capa, Ernest Hemingway " autor de Por Quem os Sinos Dobram, romance sobre a guerra espanhola " e os brasileiros Jorge Amado, Érico Veríssimo e Manuel Bandeira, entre outros. O pesquisador contou ainda sobre a solidariedade internacional que ganhou força em 1936, em Paris, quando reuniram-se representantes da Internacional Comunista, Willi Muezenberg, dos partidos comunistas da Itália, Togliatti, da França, Maurice Thorez, e o representante da Internacional Comunista na Espanha, Vitorio Codovilla, e decidiram constituir colunas internacionais que já vinham sendo espontaneamente formadas. Luigi Longo, do PC italiano e conhecido na Espanha pela alcunha de comandante Gallo, fica sendo o encarregado dos contatos com o governo espanhol. Em outubro desse mesmo ano, são feitos os preparativos finais e o governo republicano aceita a idéia. Assim, os estrangeiros que já se encontravam combatendo, precariamente distribuídos em colunas nacionais, serão organizados em batalhões e enquadrados nas agora chamadas Brigadas Internacionais.
Silvio lembra a importância dos brasileiros nesse estágio da organização por já possuírem experiência militar, que faltava nos demais brigadistas. O pesquisador também fez questão de ressaltar a participação do ditador português, Salazar, apoiando as forças franquistas e abrindo as fronteiras entre os dois países para que os fascistas recebessem ajuda militar. A guerra civil espanhola terminou em abril de 1939, com Francisco Franco implantando um regime ditatorial de direita na Espanha.
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