História, perguntado por edivandorodrigues04, 1 ano atrás

Como foi a literatura na ditadura militar, o que e como aconteceu, quais fatos mais marcaram a literatura na ditadura militar, e o que sofreram os escritores?​

Soluções para a tarefa

Respondido por anacaradebananp4pp7n
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Explicação:

Jorge Amado, que se exilou durante a década de 40, no regime Vargas

Do governo Floriano Peixoto ao regime militar iniciado em 1964, escritores brasileiros espelharam, sob riscos de prisão, tortura e morte, os impasses do país.

Se a história mantém em nossa memória o registro de regimes autoritários em suas datas e listas de nomes, é na literatura que muitas vezes sobrevive o aspecto humano e pessoal das tragédias que esses governos desencadeiam.

Num país como o Brasil, que viveu sua vida política no século 20 sob o comando e constante ataque e intervenção de militares, e onde a democracia era a exceção, não a regra, é através dos romances e poemas de homens e mulheres que se opuseram a esses regimes que hoje podemos abordar o cotidiano de medo daqueles tempos.

Muitas vezes distantes no tempo para as gerações mais novas, a história tende a tornar abstratos os sofrimentos reais – físicos e emocionais – dos que estiveram sob suas torturas, tanto físicas como emocionais.

Na sequência de intervenções militares que destituíram governos eleitos para instituir longos regimes de tortura e perseguição, a literatura brasileira foi se formando com constantes intervenções da parte de seus escritores no desenrolar sangrento dos acontecimentos.

Cárcere e perseguição

Euclides da Cunha expôs a violência estatal nos primeiros anos da República em "Os Sertões"

O século 20 da literatura brasileira começa com um romance de acusação contra a sandice dos governos brasileiros em Os Sertões (1902), de Euclides da Cunha, e é num romance como Triste Fim de Policarpo Quaresma (1915), de Lima Barreto, que podemos entrever o que pode ter sido realmente viver sob o governo autoritário de Floriano Peixoto.

Jorge Amado foi obrigado a exilar-se na década de 40, após o golpe militar de 1930, que depôs o presidente Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder. Foi das prisões da polícia política de Vargas que emergiu um de nossos maiores documentos políticos e literários, os dois volumes das Memórias do Cárcere (1953, póstumo), de Graciliano Ramos, que já havia representado o ambiente de opressão do regime no romance Angústia (1936), publicado enquanto o autor estava preso.

Das mesmas prisões de Vargas surgiria o escritor Dyonélio Machado, com seus romances Os Ratos (1935) e O Louco do Cati (1942). E sempre será possível sentir, ao menos em linguagem, a opressão do Estado Novo em poemas de Carlos Drummond de Andrade, especialmente em seus livros Sentimento do Mundo (1942) e A Rosa do Povo (1945).


edivandorodrigues04: mais do que perfeito
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