Como foi a evolução da Síndromes respiratórias agudas graves causadas por coronavirus?
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Resposta:
Síndrome respiratória do Oriente Médio (mers)
A infecção por mers-CoV foi inicialmente descrita em setembro de 2012 na Arábia Saudita, mas um surto em abril de 2012 na Jordânia foi confirmado retrospectivamente. Em 2018, em todo o mundo, foram notificados cerca de 2.500 casos de infecção pelo mers-CoV (com pelo menos 850 mortes relacionadas) em 27 países; todos os casos de mers foram ligados a viagens ou residência em países na Península Arábica e cercanias, com > 80% na Arábia Saudita. O maior surto conhecido de mers fora da Península Arábica ocorreu na República da Coreia em 2015. O surto foi associado a um viajante que retornava da Península Arábica. Casos também foram confirmados em países da Europa, Ásia, Norte da África, Oriente Médio e Estados Unidos em pacientes que foram transferidos para esses países para serem tratados ou adoeceram após retornar do Oriente Médio.
Estudos preliminares de soroprevalência indicam que a infecção não é generalizada na Arábia Saudita.
A Organização Mundial da Saúde considera que o risco de contrair infecção por mers-CoV é muito baixo para os peregrinos que viajam para a Arábia Saudita para o Umrah e Hajj. Para outras informações sobre peregrinações ao Oriente Médio, ver World-travel advice on MERS-CoV for pilgrimages .
A média de idade dos pacientes com mers-CoV é de 56 anos, e a proporção entre homens e mulheres é cerca de 1,6:1. A infecção tende a ser mais grave nos pacientes idosos e nos pacientes com doenças preexistentes como diabetes, cardiopatia crônica ou doença renal crônica.
Transmissão do mers-CoV
O mers-CoV pode ser transmitido de pessoa para pessoa por contato direto, gotículas respiratórias (partículas > 5 micrômetros) ou aerossóis (partículas < 5 micrômetros). A transmissão interpessoal foi comprovada pela ocorrência da infecção em pessoas cujo único risco foi o contato próximo com pessoas que tinham mers.
Acredita-se que o reservatório do mers-CoV sejam os dromedários, mas o mecanismo de transmissão desses animais para os humanos é desconhecido. A maioria dos casos descritos foi por transmissão direta entre humanos em unidades de saúde. Se um paciente tiver suspeita de mers, deve-se iniciar as medidas de controle de infecção prontamente para evitar a transmissão nas unidades de saúde.
Síndrome respiratória aguda grave (sars)
A sars é muito mais grave do que outras infecções por coronavírus. A sars é uma doença semelhante à influenza que, ocasionalmente, provoca insuficiência respiratória progressiva grave.
O sars-CoV foi inicialmente detectado na província de Guangdong, China, em novembro de 2002 e, subsequentemente, disseminou-se para > 30 países. Nessa epidemia, até 31 de março de 2020 foram notificados 801.400 casos em todo o mundo, com 38.743 mortes (cerca de 4,83% de letalidade, que varia significativamente de acordo com a idade de < 1% entre as pessoas ≤ 24 anos a > 50% entre as pessoas com ≥ 65 anos). No surto de sars-CoV, pela primeira vez os Centers for Disease Control and Prevention desaconselharam viajar para uma região. Esse surto diminuiu e não foram identificados novos casos desde 2004. Presumiu-se que a fonte imediata fossem os gatos-almiscarados (civetas) vendidos como alimento em um mercado de animais vivos e que provavelmente teriam sido infectados pelo contato com morcegos antes de serem capturados para venda. Os morcegos são hospedeiros frequentes do coronavírus.
A sars-CoV é transmitida de pessoa para pessoa por contato pessoal próximo. Acredita-se que seja transmitida mais prontamente por gotículas respiratórias produzidas quando uma pessoa infectada tosse ou espirra.
O diagnóstico da sars é clínico e o tratamento é de suporte. A coordenação de práticas de controle de infecção imediatas e rígidas ajudou a controlar rapidamente o surto de 2002.
Embora nenhum caso novo tenha sido relatado desde 2004, não se deve considerar a sars eliminada porque o vírus causador tem um reservatório animal do qual é possível ressurgir.