Como foi a Escravidão no império do suldão
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Resposta:
Eram levados cativos para trabalhar nos oásis, no cultivo de ce-
reais e tâmara, ou poderiam utilizá-los junto
às populações sedentárias subjugadas. O escravo, aos poucos, também
foi se fazendo presente nos trabalhos mais pesados, como, por exem-
plo, na extração mineral. Grande parte dos povos do Sudão Ocidental
conhecia, há muito tempo, o ferro, o qual era utilizado amplamente na
fabricação de armas e de utensílios ligados ao cultivo agrícola; o sal era
extraído de minas no Saara; o ouro era trazido das regiões mais meridio-
nais, principalmente através do comércio com as populações que lá
habitavam e que lá mesmo extraíam o precioso metal: em todos esses
casos, o trabalho escravo era utilizado.
Os nômades do Saara, muitas vezes, acabaram se impondo so-
bre as populações do Sahel como uma nobreza de senhores guerrei-
ros, legitimados pela força e/ou pelo costume, embora as caracterís-
ticas normativas desse poder permanecessem de acordo com os cos-
tumes das comunidades agrícolas sedentárias, cujas estruturas eram mais sólidas do que a dos nômades, e es-
tes acabaram tendo que se adequar a elas. Ao mesmo tempo, muitas
aldeias próximas ao Saara estavam se transformando em grandes cen-
tros comerciais, devido ao estabelecimento definitivo das rotas co-
merciais transaarianas e das relações da África negra com outras par-
tes do mundo. Cidades como Audagost e, futuramente, Ualata aca-
baram se tornando verdadeiros portos caravaneiros, e novas relações
de poder e riqueza começaram a se estabelecer.