História, perguntado por keoma01121988pd48ss, 10 meses atrás

como foi a ascensão social de Machado de Assis desde seu nascimento até sua morte​

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Respondido por mcjjbr7
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Resposta:

Joaquim Maria Machado de Assis, mais conhecido como Machado de Assis, foi precursor do realismo brasileiro e fundador e presidente da Academia Brasileira de Letras, sendo esse um de seus maiores e mais importantes feitos.

Publicou mais de 200 contos, 10 romances e demais publicações de diversos gêneros, como folhetins, peças teatrais, contos e crônicas, tornando-se grande referência como cronista de sua época. O autor presenciou acontecimentos históricos, como a abolição da escravidão e a passagem do Brasil Império para Brasil República.

Sua carreira foi marcada por grandes feitos, sendo suas crônicas um deles. Machado falava muito sobre a sociedade local da época, tendo mais de 40 anos de observação e crítica da sociedade, o que resultou na produção de um total de mais de 600 crônicas. Ainda em vida conseguiu ascender socialmente, tendo em vista que era nascido de família humilde. Tornou-se um homem muito respeitado, ocupando diversos cargos públicos. Foi nomeado cavaleiro e, posteriormente, oficial da Ordem da Rosa.

O escritor epilético, gago e descendente de escravos, nascido em 21 de Junho de 1839 no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, viveu 69 anos, morrendo em 1908. Machado de Assis é considerado até hoje o maior escritor brasileiro

Características

O autor criticou vários valores burgueses por meio de ironias e metalinguagens. Precedendo não só o próprio realismo, instaurou o realismo psicológico, claramente visto em seus romances por fazer diálogos diretos com o leitor e também por conta de pensamentos pontuais que surgem ao longo da narrativa como uma reflexão sobre os acontecimentos que se passam no romance, similar à quebra da quarta parede no teatro, quando o ator cria um diálogo direto com o espectador.

Machado tratava com frequência sobre a ascensão social e a manutenção das aparências sociais por meio de críticas à burguesia, dando luz ao realismo brasileiro. Suas obras, recheadas de ironias, abordam o que o autor observava na sociedade da época. O Rio de Janeiro do Brasil passava por uma transição da falta de infraestrutura, ganhando planejamento baseado no urbanismo de Paris, na França: sofisticação para satisfazer a proeminente parcela burguesa da população da época. Estima-se que de 200 mil cidadãos cariocas, 100 mil eram escravos e, desse total, apenas 20% eram letrados, configurando uma população em que 80% eram analfabetos.

Sua carreira pode ser dividida em duas fases, sendo a primeira caracteristicamente mais romântica, predominando obras como seu primeiro romance, ‘Ressureição’; sua primeira peça, ‘Queda que as mulheres têm pelos tolos’; e o livro de poesias ‘Crisálidas’. A fase romântica perdurou entre 1864 e meados de 1878.

Sua segunda fase teve início com a publicação do livro ‘Memórias póstumas de Brás Cubas’, livro escrito logo após ser internado devido ao seu quadro de epilepsia, que o forçava a tomar remédios fortes, que lhe desgastavam a saúde. Ainda internado, chegou a enviar alguns capítulos do romance à sua esposa, Carolina Augusta Xavier de Novais. Como um marco entre uma fase e outra, percebe-se que, nessa nova fase, Machado apresenta fortes traços de pessimismo e ironia, que se tornam grandes características da obra do autor, acompanhando-o até seus últimos dias.

Obras

Com uma carreira cheia de publicações dos mais variados gêneros, Machado de Assis publicou 10 romances, 10 peças teatrais, 200 contos, 5 coletâneas de poemas e sonetos e mais de 600 crônicas. São exemplos:

O poema ‘Ela’ (1855), seu primeiro poema publicado;

As peças teatrais de comédia ‘O protocolo’ e ‘O caminho da porta’ (1863);

Seu primeiro livro de versos, ‘Crisálidas’ (1864);

Seu primeiro romance, ‘Ressurreição’ (1872);

O livro de contos ‘Histórias da meia-noite’ (1873);

O romance ‘Iaiá Garcia’ (1878);

Um dos mais importantes livros de sua carreira: ‘Memórias póstumas de Brás Cubas’ (1881);

O romance ‘Quincas Borba’ (1891);

O romance ‘Dom Casmurro’ (1899);

O romance ‘Esaú e Jacó’ (1904).

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