como ficou a situação dos países europeus que perderam a guerra?
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2. Império Russo
O Império Russo, que durou de 1721 a 1917, cobriu o Leste Europeu, a Ásia Central e até a América do Norte (Alasca), sendo um dos maiores impérios da história. Pouco antes da Primeira Guerra, a Rússia era uma das últimas monarquias absolutistas na Europa, com uma riqueza de mais de 250 bilhões de dólares. Porém, isso não conseguiu evitar crises econômicas e problemas sociais e políticos, gerados pela insatisfação da população com o autoritarismo do sistema czarista.
Em 1898, surgiu o Partido Operário Social-Democrata Russo, o primeiro partido político baseado nas ideias marxistas. Em 1905, ocorreu uma grande marcha, com um milhão e meio de pessoas indo em direção ao Palácio de Inverno reclamar por mais direitos sociais e políticos. A resposta do Czar foi uma ordem para atirar nos protestantes, evento que ficou conhecido como Domingo Sangrento. O resultado disso foi ainda mais agitação e mais movimentos anti-governo.
A entrada do Império Russo na Primeira Guerra Mundial só piorou as coisas. Eles tinham como objetivo conquistar novos territórios e obter acesso ao mar Mediterrâneo e, por isso, se juntaram à Tríplice Entente. Porém, durante o conflito, a Rússia perdeu muitas terras, viu metade do seu efetivo militar morrer e sofreu com uma paralisação da indústria, que acarretou a diminuição da produção agrícola e, consequentemente, uma inflação generalizada.
A Revolução de Fevereiro (que no calendário ocidental ocorreu em março de 1917) derrubou o Czar e estabeleceu uma república. Depois, na Revolução de Outubro (novembro, no nosso calendário), o Partido Bolchevique tomou o poder e impôs o governo socialista soviético. Uma das prioridades do novo governo foi a retirada da Rússia da guerra, e daí a assinatura do Tratado de Brest-Litovsk, em 1918. Com o tratado, a Rússia abriu mão de territórios, formando novos países: Finlândia, Estônia, Letônia, Lituânia, Polônia, Bielorrússia e Ucrânia (os dois últimos, porém, passaram a integrar a recém formada União das Repúblicas Socialistas Soviéticas).
1. Império Austro-Húngaro
Império Austro-Húngaro (1914)O Império Austro-Húngaro, ou Áustria-Hungria, surgiu em 1867, sucedendo o Império Austríaco que fez um acordo com a nobreza Húngara. Entre suas principais cidades estavam Viena, Budapeste, Praga, Cracóvia, Zagreb, entre outras. Antes da Primeira Guerra Mundial e de sua dissolução, o Império chegou a ter mais de 670 mil km² e 52,5 milhões de habitantes.
O problema era que as minorias étnicas eslavas, uma parcela significativa da população, não tinham plenos direitos aos olhos dos governantes, e isso contribuiu bastante para a desintegração do império. Havia também um grande interesse desse império na região dos Balcãs, o que gerava conflitos com as nações vizinhas, principalmente a Rússia, mas também com nações menores – que também tinham seus projetos expansionistas -, como Bulgária e Sérvia.
O assassinato do herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro por um nacionalista sérvio em Saravejo, foi a gota d’água para o início da Primeira Guerra Mundial. O sistema de alianças entre os países europeus e as várias tensões no continente só precisavam de uma faísca para o conflito de maiores proporções explodir. A Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia, que foi apoiada pela Rússia. Os alemães entraram no conflito por conta de um acordo anterior com os austro-húngaros, e a França por causa de uma aliança com a Rússia. E assim, mais e mais nações foram se posicionando e ampliando as dimensões da guerra.
No final da Primeira Guerra, quando já estava claro que a Tríplice Entente venceria, os grupos étnicos que queriam mais direitos e autonomias passaram a exigir independência. Surgiram vários estados sucessores: a Áustria e a Hungria se tornaram repúblicas separadas, com parte de seus territórios transferidos para países vizinhos, como a Transilvânia, que passou a fazer parte da Romênia. Também surgiram a Tchecoslováquia e a Iugoslávia (tomando o território que pertencia à Sérvia e Montenegro). A Albânia passou a fazer parte do mapa, em uma região que continuou vivendo conflitos muito depois da Primeira Guerra.