Como ficou a Rússia com o fim da Guerra Fria?
Soluções para a tarefa
Resposta:
ela ficou acabada depois de tudo isso que ela passou
Resposta:
Quando do final da URSS, em 1991, os presidentes da Rússia, Ucrânia e Bielorrússia tentaram criar uma nova organização que, respeitando a independência política de cada uma, mantivesse o funcionamento da economia dos países. Assim surgiu a CEI, Comunidade dos Estados Independentes, que enveredava pelo sistema econômico capitalista. Essa organização recebeu a adesão relativamente rápida das outras repúblicas, compondo 12 países no final de 1993. É claro que o sucesso da CEI dependia muito do crescimento econômico da Rússia, entretanto não foi isso que se observou.
Mas como passar de um sistema econômico em que o Estado é responsável por toda a economia para um sistema em que a iniciativa é livre e depende do cidadão? Não é um processo fácil e, nos países recém-emancipados, a situação tornou-se caótica. A instabilidade política imperou nos primeiros momentos, especialmente com o golpe levado a cabo por Boris Yeltsin contra o Parlamento da Rússia, controlado por antigos membros do PC soviético, e com o domínio das políticas locais pelos antigos caciques dos PCs das repúblicas. A corrupção, já endêmica na antiga URSS, alastrou-se por vários setores da sociedade. Aumenta a violência, com o surgimento de grupos mafiosos e o aumento do tráfico de drogas. Surgem grupos de novos-ricos, os chamados oligarcas, pessoas que pertenciam ao PC e conheciam quais ramos da economia possuíam maiores possibilidades de sucesso econômico e, da noite para o dia, arrebataram esses setores e tornaram-se milionários.
Os problemas econômicos se avolumam. A desativação do sistema de produção socialista implicou o fim dos subsídios estatais e o fechamento de dezenas de empresas e fábricas. Algumas chegaram a ser dadas aos antigos funcionários. Os salários foram, num primeiro momento, desvalorizados pela inflação resultante da adequação da moeda russa (o rublo) às moedas internacionais. Muitos funcionários públicos ficam sem seus meios de sustentação. Volta o desemprego, gerando massas de miseráveis. No campo, ocorre a desativação dos antigos sistemas socialistas, os kolkhozes (cooperativas agrícolas) e os sovkhozes (fazendas estatais), fazendo cair a produção agrícola de cereais.
Por sinal, uma característica desse primeiro momento das repúblicas emancipadas foi a perda de cerca de 40% de seus PIBs (Produto Interno Bruto). Sem dúvida alguma, as repúblicas da CEI, notadamente a Rússia, possuem um enorme potencial em riquezas minerais para impulsionar seu crescimento, mas sua utilização sofre outra ameaça: a degradação ambiental. É sabido que a Sibéria possui vastas porções de seu território poluídas pelos métodos arcaicos de exploração e, entre o Casaquistão e o Uzbequistão, os projetos de irrigação de plantações de algodão praticamente secaram o Mar de Aral.
É dentro deste contexto que se observam problemas como o separatismo checheno, que leva terror à capital da Rússia, Moscou, e desencadeia forte repressão a esse povo, habitante da região do Cáucaso. Atacados pelo exército russo em 1996, os separatistas não se intimidam e respondem com ataques terroristas. Uma nova reação do governo russo, já então presidido por Vladimir Putin, desencadeia mais um ataque entre o final de 1999 e princípio de 2000.
Recentemente, instaurou-se uma crise política na Rússia que ganhou repercussão internacional, em decorrência de um acidente que provocou o naufrágio do submarino Kursk no Mar de Barents, resultando na morte de 118 marinheiros.
Explicação:
Após a II Guerra Mundial, a URSS converteu-se, lado a lado aos EUA, numa das maiores potências mundiais. Tem início um período de tensão mundial que ficou conhecido como Guerra Fria, que contrapôs por quase 45 anos os dois maiores arsenais do mundo, o norte-americano e o soviético. Ao mesmo tempo em que essas forças antagônicas se confrontavam internacionalmente, dentro da URSS, o final dos anos 50 e início dos anos 60 presenciaram alguns dos momentos mais prósperos do país. Ocorreram sérias melhoras na oferta de produtos para o consumo da população (nada comparável aos níveis de consumo do mundo capitalista ocidental, mas para os níveis soviéticos, um grande progresso), aumento da oferta de moradias e, grande glória soviética, a saída na frente na corrida espacial: o lançamento da primeira nave espacial não tripulada (o Sputinik), o lançamento do primeiro ser vivo no espaço (a cachorrinha Laika) e, pouco depois, o lançamento do primeiro cosmonauta, Yuri Gagarin, que voltou são e salvo.
Na política mundial, a URSS mostrava seu poderio militar e a capacidade de influência ideológica, opondo-se aos EUA onde quer que a Guerra Fria assim demandasse. Dessa forma, assiste-se à Guerra da Coréia, à Crise dos Mísseis em Cuba, à construção do muro de Berlim e ao recrudescimento do conflito do Vietnã. A indústria bélica soviética, impulsionada pela corrida com os EUA, crescia a passos largos, desenvolvendo armas, bombas atômicas e de hidrogênio cada vez mais poderosas e sofisticadas.