Como fazia o comércio da Europa com o oriente
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Foram legiões romanas que trouxeram do Oriente o sabor das especiarias. E o paladar europeu deliciou-se com elas. Na Europa não havia variedades de temperos, todos os alimentos tinham mais ou menos o mesmo gosto. Um pitadinha de pimenta, um pouquinho de cravo-da-índia faziam uma diferença enorme. E os europeus estavam dispostos a pagar muito caro por essa diferença.
Mas havia um problema. Durante a Idade Média a Europa esteve quase totalmente restrita a si mesma. A expansão do Islã fechara o Mediterrâneo e contribuíra para esse isolamento. Apenas alguns viajantes conseguiram visitar a Ásia, de onde vinham as especiarias. O mais famoso desses, o veneziano Marco Polo, esteve na China, nas ilhas de Sonda, na Pérsia e em outros países asiáticos durante o século XIII, e deixou um minucioso relato dessas viagens num livro que ficou famoso. Isso aguçou ainda mais a curiosidade dos europeus por esses países fantásticos.
Apesar do quase total isolamento europeu, havia ainda uma rota comercial aberta com o Oriente. As cidades italianas de Gênova e Veneza compravam especiarias em Constantinopla e as distribuíam no continente. E não eram apenas especiarias o objeto desse comércio: também sedas, perfumes, incenso e porcelanas eram produtos muito cotados na Europa.
Antes de chegar a Constantinopla, essas mercadorias passavam pelo menos por dez intermediários. E é claro que cada um desses intermediários tratava de garantir o seu lucro. Por aí é possível imaginar o preço que essas mercadorias atingiam e o preço que os venezianos e genoveses cobravam em seguida, já que eles tinham exclusividade - o monopólio - desse comércio.
Em 1453 acontece uma verdadeira tragédia para as cidades italianas: Constantinopla cai em mão dos turcos, e eles cortam todo tipo de comércio com os cristãos.