como fazer crônica de jornalista 20 linhas
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Resposta:A crônica é um gênero discursivo que mescla a tipologia narrativa com trechos reflexivos e, em alguns casos, argumentativos. A linguagem da crônica costuma ser leve, marcada por coloquialidade e, não raro, cada cronista tem seu estilo próprio no uso das palavras. Os temas comuns a esse gênero são os mais variados possíveis. Qualquer assunto cotidiano pode ser motivo de crônica. Por ser um gênero nascido na cidade, é comum que tudo que ocorra no ambiente urbano passe a ser escrito em forma de crônica.
Leia, a seguir, um trecho da última crônica feita por Carlos Drummond de Andrade, em 1984:
Ciao
Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar exibia a cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da redação. O homem olhou-o, cético, e perguntou:
— Sobre o que pretende escrever?
― Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível.
O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente de graça, topou. Nasceu aí, na velha Belo Horizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices.
Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao -adeus sem melancolia, mas oportuno.
[...]
A leitura do texto de Drummond permite perceber a leveza da linguagem, o tom coloquial – parece mesmo uma conversa descontraída com o autor. Além disso, o grande poeta ainda resume, com a precisão de artista, os possíveis temas de uma crônica – “cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível”.
Para saber mais sobre a última crônica de Drummond e um pouco da trajetória desse grande nome da literatura brasileira, leia: A última crônica de Carlos Drummond de Andrade.
Explicação:
Leia, a seguir, um trecho da última crônica feita por Carlos Drummond de Andrade, em 1984:
Ciao
Há 64 anos, um adolescente fascinado por papel impresso notou que, no andar térreo do prédio onde morava, um placar exibia a cada manhã a primeira página de um jornal modestíssimo, porém jornal. Não teve dúvida. Entrou e ofereceu os seus serviços ao diretor, que era, sozinho, todo o pessoal da redação. O homem olhou-o, cético, e perguntou:
— Sobre o que pretende escrever?
― Sobre tudo. Cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível.
O diretor, ao perceber que alguém, mesmo inepto, se dispunha a fazer o jornal para ele, praticamente de graça, topou. Nasceu aí, na velha Belo Horizonte dos anos 20, um cronista que ainda hoje, com a graça de Deus e com ou sem assunto, comete as suas croniquices.
Comete é tempo errado de verbo. Melhor dizer: cometia. Pois chegou o momento deste contumaz rabiscador de letras pendurar as chuteiras (que na prática jamais calçou) e dizer aos leitores um ciao -adeus sem melancolia, mas oportuno.
[...]
A leitura do texto de Drummond permite perceber a leveza da linguagem, o tom coloquial – parece mesmo uma conversa descontraída com o autor. Além disso, o grande poeta ainda resume, com a precisão de artista, os possíveis temas de uma crônica – “cinema, literatura, vida urbana, moral, coisas deste mundo e de qualquer outro possível”.
Para saber mais sobre a última crônica de Drummond e um pouco da trajetória desse grande nome da literatura brasileira, leia: A última crônica de Carlos Drummond de Andrade.
Explicação:
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