Como explicar a globalização relaciona a com COVID-19
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Resposta:
Pelos meios de comunicação, sobretudo pelas redes de televisão, as informações sobre cuidados com a higiene pessoal e as orientações para não criar pânico invadem as residências mais que o próprio novo vírus Corona. Estamos tão imersos no dia a dia da pandemia que não nos interessam conhecer as causas profundas das doenças transmissíveis. As TVs dedicam tanto tempo insistindo no controle do pânico que as pessoas acabam concluindo que deve haver algo perigoso e que mereça pânico. Outros, céticos, atribuem o novo vírus a uma conspiração chinesa ou a uma informação falsa.
Em perspectiva histórica, as epidemias ganham terreno cada vez mais amplo quanto maior for a expansão de uma civilização. A peste negra, no século XIV, veio da Ásia e provocou mortandade em massa na Europa Ocidental. O contato principal entre oriente e ocidente era, então, feito pelos muçulmanos e venezianos. Foi por eles que a bactéria causadora da peste entrou na Europa e devastou sua população. Estima-se que morreram entre 75 milhões a 200 milhões de pessoas na Europa. Com os recursos da época, é praticamente impossível um cálculo preciso.
Os micro-organismos não eram então conhecidos. A medicina se confundia com o curandeirismo. A bactéria hospedava-se no rato preto e era passada dele para humanos pela pulga. De um catolicismo ainda muito supersticioso, a população julgou que a peste era um castigo de Deus ou maldição do Demônio. Bodes expiatórios foram logo eleitos pelo povo: os judeus, as mulheres consideradas feiticeiras e os gatos. Estes quase exterminados por serem animais diabólicos, quando, na verdade, combatiam os ratos.
A peste não alcançou a América e a Austrália por motivos óbvios: os dois continentes não estavam integrados ao sistema comercial eurasiano por serem desconhecidos. Com a expansão da civilização europeia e do seu sistema econômico, doenças para as quais o organismo dos ocidentais já havia criado imunidade manifestaram-se com virulência nos povos americanos, que as desconheciam, como a varíola, a sífilis, o sarampo, a tuberculose e a simples gripe. Houve extermínio em massa causado pelo mero contato ou propositalmente. As doenças viajavam de caravela naquela época.
Com a gripe espanhola, na segunda década do século XX, a viagem do vírus passou a ser mais rápida e confortável por meio de grandes navios. Ela não nasceu na Espanha, mas foi este país o primeiro a identificá-la. Ao que tudo indica, a gripe entrou na América com o retorno dos soldados que lutaram na Primeira Guerra Mundial.
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