como evitar uma doença parasitária?
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Resposta:
CONTAMINAÇÃO FECAL-ORAL
É a maneira mais simples e mais comum de infestação. Os ovos dos vermes e os cistos dos protozoários são eliminados do organismo através das fezes. Quando os ovos ou os cistos são ingeridos com a água ou a alimentação, os parasitas ativos encontram condições propícias para o seu desenvolvimento e a infestação do novo organismo hospedeiro. Para evitar-se este tipo de parasitose, são importantes:
1. O tratamento adequado das fezes.
O saneamento básico é fundamental. A utilização do vaso sanitário conectado à rede de esgoto tratado é a grande arma para o controle das parasitoses. Na ausência da rede de esgoto, a utilização de fossa cavada a boa distância da fonte de água potável, fechada e isolada, é solução satisfatória para quem reside em chácara ou no meio rural. Jamais evacuar no solo e, muito menos, utilizar as fezes para adubar plantações de alimentos.
2. O tratamento adequado da água.
A cloração da água potável é importante para a eliminação de bactérias patogênicas causadoras de infecções intestinais, como o vibrião colérico ou outras. No entanto, nem sempre é completamente suficiente para erradicar alguns ovos de parasitas ou cistos de protozoários mais resistentes. No caso, basta filtrar a água para torná-la potável. Se a água não for clorada na rede, você deve fervê-la ou adicionar cloro (que é fornecido gratuitamente na rede pública), na proporção de duas gotas para cada litro de água, e, depois, filtrá-la. Purificadores de água também são boa opção para substituir o processo de filtragem. Filtros instalados na rede da casa, fornecendo água filtrada para todos os cômodos, são práticos e possuem uma série de vantagens sobre os filtros tradicionais, desde que a sua manutenção não seja negligenciada. O uso exclusivo de água mineral engarrafada para consumo também é opção válida.
3. O tratamento adequado dos alimentos.
Todos os vegetais, como frutas, verduras, tubérculos e legumes, devem ser cuidadosamente lavados em água corrente e clorada, para eliminarem-se eventuais ovos e cistos de parasitas presentes no solo. A carne bovina e suína são potencialmente transmissoras de parasitoses graves, como a teníase (solitária) e a neurocisticercose . Toda carne deve ser inspecionada pelas autoridades da vigilância sanitária e o comércio clandestino deve ser desestimulado. A carne de porco, a carne de vaca e, principalmente, as lingüiças devem ser cozidas e nunca ingeridas malpassadas.
4. Os hábitos de higiene.
Hábitos de higiene são fundamentais para evitar a contaminação e a infestação parasitária pelo mecanismo fecal-oral. Ensinar, habituar e insistir para que a criança lave as mãos após ir ao banheiro e antes das refeições é a melhor maneira de evitar que os minúsculos ovos e cistos de parasitas alojados nas mãos e unhas sejam ingeridos, fechando o ciclo vicioso ou disseminando a doença para outras pessoas. Manter as unhas sempre bem aparadas evita o acúmulo de sujeira e a contaminação subseqüente.
5. A eliminação de vetores.
Vetores são animais ou insetos que transportam as formas parasitárias contagiantes até o alimento. Os mais comuns são as moscas, as baratas e os ratos. Para eliminá-los, a pior opção são os inseticidas voláteis (aerossóis ou de tomada), que têm efeito limitado e, quando inalados ou depositados na pele, podem causar fenômenos alérgicos ou intoxicações graves, principalmente em crianças. A melhor maneira de prevenção contra os vetores é a higiene. Mantendo o lixo fechado e dando-lhe destino adequado (coleta pública, incineração ou enterro); limpando todo dia a casa e arredores; utilizando telas nas janelas para evitar a entrada de moscas; no caso de sítios, planejando um local afastado da casa para manter a criação; empregando meios eficientes para eliminar baratas e ratos, como iscas envenenadas e ratoeiras instaladas em local fora do alcance de crianças e animais domésticos, para evitar acidentes.