Como estava a economia mundial na época do seculo XVIII e XIX
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Resposta:O mundo foi palco, durante o século XVIII, de importantes transformações da sociedade e da
economia, alterando, de maneira absoluta, as suas instituições. A América Portuguesa não foi
diferente, em especial com o advento das “minas gerais” em fins do XVII. O crescimento da
extração aurífera provocou uma reorientação da atenção da Coroa Portuguesa com a
economia colonial, o que intensificou o seu caráter transatlântico.
Naturalmente, dois movimentos foram verificados: o primeiro, a região sudeste virou o “locus”
das preocupações lusitanas, incentivando o crescimento das ações da política portuguesa
sobre a colônia. O segundo foi o aumento significativo do fluxo de transações, pessoas,
liquidez, conhecimento etc para aquela comarca. A consequência natural desses
acontecimentos foi nítida: o aumento da importância do Rio de Janeiro no quadro colonial.
Nesse sentido, não demorou para que a região sudeste se transformasse no centro jurídico,
administrativo, cultural e econômico. Talvez, o fato que condensou essas alterações foi a
transferência do vice-reinado de Salvador para o Rio de Janeiro em 1763.
Essas modificações modelaram importantes instituições, consolidando novos grupos e
domínios econômicos mesmo com o arrefecimento da extração aurífera durante a segunda
metade do século XVIII. Neste novo quadro fica nítido o crescente papel dos homens de
negócio na consolidação da economia transatlântica. O exemplo do período pombalino (1750-
77) é revelador desse movimento no qual aquele grupo se consolida no seio das decisões
metropolitanas.
O debate historiográfico que se coloca para interpretar os fatos transcorridos no referido
período, apresenta a concepção clássica de Celso Furtado e Dauril Alden (conhecido como
colonial tardio). Aqueles autores afirmam que a economia sofreu uma forte crise após o
declínio da extração aurífera. Para eles, os agentes (e os investimentos) econômicos se voltam
para atividades de subsistência ou para as culturas tradicionais de exportação levando a uma
forte retração do nível de renda. De outro, temos a visão de João Fragoso, Manolo Florentino
que sustentam que a economia se voltou para o mercado interno após a queda da extração
aurífera. O argumento reside no fato de que os canais construídos pela mineração suscitaram
a formação de redes de negócio domésticos, os quais eram pouco influenciados pelas
oscilações do mercado externo. Assim, mesmo durante a crise aurífera, o mercado doméstico
apresentou autonomia frente ao externo.
Definitivamente, entender a conjuntura econômica durante o século XVIII se revela
importante, no mínimo, para verificar os desdobramentos do ápice e do declínio do ‘ciclo do
ouro’ sobre o nível da atividade econômica colonial. Além disso, possibilita a construção de
novos argumentos para o debate colocado pela historiografia. E, por fim, mas não menos
Explicação: