Como estava a África após a 2 guerra mundial?
Soluções para a tarefa
Após a Segunda Guerra Mundial, a Ásia e a África passaram por grandes transformações históricas internas. Nesses dois continentes se iniciou a descolonização, ou seja, o processo de independência das colônias pertencentes aos países imperialistas europeus. Esse movimento histórico ocorreu basicamente pelas seguintes razões: a ruína dos países europeus após a Segunda Guerra dificultou política e economicamente a preservação das colônias; não havia mais sentido em manter os impérios coloniais no novo estágio do capitalismo pós-guerra; as políticas e objetivos da ONU proclamavam a autodeterminação dos povos, e por isso tornava-se contraditório que seus países membros mantivessem colônias; e, talvez o motivo mais importante, a resistência anticolonial que gerou movimentos nacionalistas de libertação, apoiados principalmente pelas potências socialistas (URSS e China).
A ÁFRICA
Os primeiros movimentos em favor da libertação dos países africanos se iniciaram no entreguerras, mas foi logo após o fim da Segunda Guerra que os processos emancipacionistas se multiplicaram por todo o continente.
É preciso levar em conta que a ocupação européia na África é bastante antiga e remonta aos séculos XV e XVI. No século XIX ela foi toda dividida em possessões e colônias da Europa. Além disso, é preciso salientar que o continente é extremamente heterogêneo em termos étnicos, culturais e econômicos e isso se refletiu nos movimentos de libertação (o norte da África é branco e muçulmano e a África central essencialmente negra). Esses movimentos se concentraram basicamente em dois períodos, a década de 1960 e a de 1970.
Os movimentos de independência no norte da África começaram durante a década de 1950, e seus resultados práticos surgiram nos anos 60. De modo geral eles se organizavam em frentes políticas e militares de combate aos países colonizadores europeus e mantinham perfil nacionalista, como no caso da Argélia (ocupada pela França). Geralmente, depois do período de guerrilha e luta contra as tropas européias, as diversas correntes políticas internas iniciavam uma disputa pelo poder, colocando em risco a estabilidade política do país.
Após a independência ou o reforço das correntes nacionalistas, países importantes na região, como a Argélia (1962) e o Egito (1953), respectivamente, foram fundamentais para o desenvolvimento da política de não-alinhamento e de ações conjuntas entre nações terceiro-mundistas.