História, perguntado por kaori645, 8 meses atrás

Como estão vivendo os escravos do Paquistão?

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Respondido por geovana4529
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Lahore (Paquistão), 6 jan (EFE).- Cerca de um milhão de pessoas, em sua maioria cristãos e hindus, trabalham como escravas nos arredores das principais cidades do Paquistão, segundo um relatório divulgado hoje pelo grupo humanitário Jubilee Campaign USA.

A organização, que investiga situações de escravidão no mundo todo, enviou ao Ministério de Assuntos Religiosos e Minorias uma cópia de seu relatório, no qual afirma que, no Paquistão, ainda existe um sistema de trabalho "deplorável, arcaico e ilegal".

Segundo o estudo, 414 paquistaneses cristãos em condições de escravidão foram libertados no ano passado, mas há muitos outros, cristãos, hindus e muçulmanos descendentes de hindus de castas baixas, que continuam cativos.

Boa parte deles realiza trabalhos relacionados à agricultura, à mineração, à construção, ao setor têxtil e a tarefas domésticas, segundo o grupo americano.

Em carta enviada ao ministério, a diretora da Jubilee Campaign USA, Ann Buwalda, lamenta que a escravidão no Paquistão tenha "proliferado" por causa de um sistema local de empréstimos e usura que permite a exploração dos grupos mais empobrecidos.

Assim, muitas pessoas que pedem pequenos empréstimos são depois incapazes de devolvê-los e empenham suas vidas para o pagamento de seus credores.

Segundo Buwalda, o sistema de trabalho garante que essas dívidas sejam impossíveis de se pagar, porque juros exorbitantes, "arbitrários e ilegais", são cobrados.

O grupo humanitário também denuncia o emprego de crianças em trabalhos como a fabricação de tijolos e o fato de que "até a educação básica lhes é negada".

O grupo pede ao Governo paquistanês o lançamento de uma grande campanha contra a escravidão e lembra que "o país recebe um enorme apoio financeiro dos Estados Unidos, enquanto Islamabad apresenta o Paquistão como uma nação comprometida com a proteção dos direitos humanos".

"No entanto, nenhuma nação que ignora a escravidão dos mais vulneráveis pode ser protetora dos direitos humanos", ressaltou Buwalda. EFE

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