Como esta o Brasil de hoje? Houve mudanças?
Soluções para a tarefa
Resposta:
A partir de 2004, o Brasil iniciou uma etapa de mudança social inédita: ao contrário do que acontecia no passado, o país consegue combinar aumento da renda nacional per capita com redução da desigualdade pessoal da renda. O artigo analisa o novo padrão de mudança social no Brasil e suas diferenças em termos de gênero, idade e Estado. E conclui que a nova etapa é o resultado de uma série de políticas – planos de transferência de renda, aumento do salário mínimo, mais presença do Estado – que, pela primeira vez, contribuem para melhorar a distribuição sem afetar o crescimento.
Novo padrão de mudanças sociais no Brasil
O último ciclo de expansão produtiva no Brasil, que durou cinco décadas (1930 a 1980), estabeleceu à política social um papel secundário e subordinado às decisões dos setores privado e público. Naquela época, predominou a máxima governamental de atribuir à dinâmica do rápido crescimento econômico a própria responsabilidade pela trajetória da distribuição da renda, o que impôs, por conseqüência, papel residual e estreito ao avanço da autonomia relativa do gasto social.
Somente com a Constituição Federal de 1988, responsável pela consolidação dos grandes complexos do Estado de Bem-Estar Social no Brasil, especialmente no âmbito da seguridade social (saúde, previdência e assistência social), que o gasto social como proporção do PIB passou a crescer, salvo o seu congelamento relativo durante a década de 1990 conduzido pelas políticas neoliberais. Nos dias de hoje, o gasto social agregado equivale a cerca de 23% do PIB, ou seja, quase 10 pontos percentuais a mais do verificado em 1985 (13,3%). Noutras palavras, constata-se que a cada quatro reais gastos no país, um real encontra-se vinculado