como está inserida a cor nas artes cenicas?
Soluções para a tarefa
Vou me limitar às cores do corpo cênico, mas há muito o que dizer sobre os cenários. O risco que corre-se neste tipo de trabalho é o de cair na descrição. Ela é inevitável, da mesma maneira que não se pode prescindir de uma primeira análise, mas às vezes sem objetivo e sem problemática. Outra dificuldade é a de não deixar-se dominar pelas impressões que as cores causam. Enquanto os escritos musicológicos sobre o balé quase nunca falam de cenografia e coreografia, os escritos dos pesquisadores da dança questionam pouco o jogo das cores numa obra coreográfica. (talvez o teatro lhe desse mais atenção...) Entretanto, questionar as luzes e as cores no balé não é algo completamente novo porque existem estudos sobre o balé romântico e sua iluminação que, com os tutus românticos e bandejas, são chamados de “balé branco”. O alcance das cores também não é esquecido pelas pesquisas sobre o balé de corte; contudo, em nossa época contemporânea, pouca atenção lhes é dispensada pelas artes cênicas no meio acadêmico. Muitas vezes, é necessário procurar centros coreográficos ou o setor privado, que propõem seminários e workshops sobre cores, luminosidade e iluminação. O que aqui nos interessa é legitimar, de certa maneira seu estudo sistemático, mostrando a tênue relação que elas mantêm com as outras artes do balé, e que vem a ser o estudo de sua dramaturgia.