Como esses objetos estão distribuídos?
Que história (sobre um lugar, uma pesso
conta?
Soluções para a tarefa
Resposta:
Em setembro de 2018, o Museu Nacional do Rio de Janeiro foi consumido pelas chamas. As imagens do fogo - e de funcionários e pesquisadores que tentavam salvar parte das coleções - comoveram a opinião pública: inaugurado há mais de 200 anos, quando o Brasil ainda era Império, e detentor de um dos cinco maiores acervos do mundo, o museu tratava-se de um símbolo da história nacional. Abrigava o crânio de Luzia, fóssil humano mais antigo encontrado no Brasil e nas Américas. Guardava ainda o esqueleto do maior dinossauro que habitou o Brasil, documentos da Independência do país e coleções de pedras da Imperatriz Leopoldina, mulher de Dom Pedro I.
Por que o incêndio gerou tanta repercussão? Entre as respostas recorrentes, diz-se que o Brasil perdeu parte de seu passado, de sua memória. Se o Brasil perdeu, perderam também os brasileiros. Santiago Castroviejo-Fisher, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, em um artigo publicado no jornal El País aponta a importância dos museus para a relação de um povo com seu passado e vai além: “Um museu atua em três frentes. Oferece um olhar para o passado, ou seja, um parâmetro para medir mudanças, uma escala de tempo. Também educa, no presente, sobre o mundo que nos rodeia, tanto o físico como o das ideias. E, principalmente, cria oportunidades para resolver problemas que ainda não somos capazes nem de imaginar. Ou seja: abre portas para o futuro desconhecido”.
Um museu é, além desse lugar que conjuga passado, presente e futuro, um espaço para a construção de narrativas sobre espaços, tempos e pessoas. Criamos museus onde abrigamos objetos que foram selecionados por alguém, em uma determinada época, a fim de valorizar - intencionalmente ou não - determinados aspectos da cultura. Um museu, portanto, é responsável por contar uma história, difundir uma narrativa, em geral, construída por alguns grupos e não por toda a população.
Museu com outros olhos
1. Organize com seus alunos a visita a um museu ou espaço de memória da sua cidade. Se não houver, você também pode fazer visitas virtuais a museus que oferecem essa possibilidade. No link https://artsandculture.google.com/project/museu-nacional-brasil, é possível fazer um tour pelo Museu Nacional antes do incêndio de 2018.
Durante a visita, peça ao grupo para ficar atento ao acervo e também ao modo como ele é organizado, se há textos complementares, sinalizações, placas explicativas, problemas estruturais
2. Depois da visita, organize uma roda de conversa. Você pode orientá-la com as seguintes questões:
Quando o museu foi construído? Quem o construiu?
Que objetos (ou outros elementos, como gravações de línguas ou de histórias de vida) fazem parte do acervo?
Como esses objetos estão distribuídos?
Parece existir a valorização de algumas peças em comparação com outras?
Que história (sobre um lugar, uma pessoa, um movimento artístico etc.) este museu conta?
Você gostaria de incluir outras peças neste museu? Por quê?
A visita ao museu, de alguma forma, mudou a maneira como você enxerga o mundo? Ampliou seus conhecimentos?
3. Finalize apresentando a eles a seguinte definição de Museu:
Os museus devem os seus nomes aos antigos templos das musas, que os gregos em sua mitologia consideravam "filhas da memória". Isso nos leva a pensar a criação dessas instituições - voltadas para a conservação de acervos históricos, culturais, científicos e artísticos, e para a organização de exposições públicas - como parte de um processo histórico de expansão da memória escrita e iconográfica. Os museus são formados, diz o historiador Jacques Le Goff (1924-2014), no bojo de um movimento de expansão da memória, com o qual contribuem as enciclopédias, os dicionários, as bibliotecas e os
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