como eram os teatros no tempo de shakespeare? se possivel resumidamente pf
Soluções para a tarefa
Resposta:
era arte moderna
Explicação:
era mais improvisado
Os teatros no tempo de shakespeare –
A forma do teatro elisabetano é diferente de tudo o quanto se criou de
espaço cênico antes ou depois dele, tendo nascido, como o “corral”
espanhol – a forma que mais se aproxima dele – da experiência e das
necessidades do ator. Quando, ainda no século XIV, os primeiros artesãos
que tomavam parte em espetáculos religiosos resolveram se tornar
profissionais de teatro, eles aprovei- taram, da tradição dos “ciclos”
religiosos, o uso das carroças (chamadas pageants, palavra até hoje usada
para carro alegórico) que serviam de palco, passando a usá-las também
como transpor- te e camarim, quando não de abrigo.
Abandonando as corporações que apresentavam os clássicos ciclos
bíblicos, os novos “atores”, ainda simples saltimbancos – “homens sem
amo”, como eram chamados por não pertencer a nenhuma organização
estabelecida – foram proibidos de apresentar textos religiosos, o que os
privava do repertório já conhecido. Essa proibição, no entanto, teve a
grande vantagem de tornar indispensável o aparecimento de novos
autores, pois só um repertório variado permitiria ter duas ou três noites de
espetáculo em um mesmo local. A par disso, é claro, os atores e o
espetáculo também precisaram ser aprimorados, já que a atividade teatral perdia a platéia cativa das comemorações religiosas, e passava a viver,
como até hoje, da bilheteria.
Aos poucos esses primeiros mambembes descobriram que o melhor lugar
para encontrar um grupo já reunido (e ao qual mais pessoas poderiam ser
atraídas) e onde poderiam pôr à venda seu produto artístico eram os
pátios internos das hospedarias, via de regra, construídas como um
quadrilátero, com um único portão de entrada para o pátio interno, onde
os hóspedes podiam guardar suas carroças e carruagens quando ali
pernoitavam; a grande vantagem era que sendo a entrada única, o portão
permitia a cobrança de ingressos para o pátio. Na parede oposta ao portão de acesso, o grupo de atores encostava sua carroça, que se transformava
em um palco um tanto elevado do chão e, portanto, fácil de ser visto por
todos os que ficavam de pé no recinto.
É preciso esclarecer que em Londres ao tempo de Shakespeare a
população já chegava a quase 300 mil habitantes; as numerosas
hospedarias desempenhavam papel importante na vida social e econômica
da cidade, nos negócios como nas diversões, correspondendo aos hotéis,
restaurantes e clubes dos tempos modernos, além de atraírem todos
aqueles que queriam se divertir.
Dos pátios das hospedarias para o teatro a céu aberto a distância não foi
muito longa. O primeiro edifício feito especificamente para ser uma casa
de espetáculos foi o construído pelo ex-carpinteiro James Burbage (1531-
1597), que passara a dono de companhia teatral. Em 1576, ele arrendou a
Giles Allen (m.1608), pelo período de vinte e um anos, um terreno em
Shoreditch, ao norte de Londres, fora dos limites da cidade e, portanto,
livre do controle dos puritanos administradores municipais, para quem o
teatro, como qualquer outro divertimento, era um pecado sem perdão.
Para criar seu teatro, Burbage fez uso do esquema usado nos pátios das
hospedarias onde normalmente os atores se apresentavam. Ao construir
em 1576 o “Theatre” (não havendo outro, esse nome bastava), Burbage
introduziu algumas alterações cruciais para o desenvolvimento do teatro
elisabetano: o espaço cênico propriamente dito foi bastante ampliado e
parcialmente protegido por um telhado; na estrutura do prédio em si, por
trás do espaço antes ocupado pelas carroças, foi criado um novo espaço,
que veio a ser chamado de “palco interior”, com uma porta a cada lado e camarins; o resto do quadrilátero abrigava dois ou três níveis de arquibancadas, onde pagavam mais caro os que preferiam sentar-se durante o
espetáculo, ao invés de permanecerem em pé em torno do palco, como
acontecia nas antigas hospedarias; para não desperdiçar espaço, acima do
palco interior havia um outro espaço igual, chamado palco superior; e, em
outro nível, ainda acima, ficava o espaço para os músicos. A forma foi
mais do que bem sucedida, e um ano depois já havia sido construído
outro teatro, o “Curtain” (1577).
As hospedarias, contudo, não haviam sido abandonadas. As companhias
teatrais, que se multiplicavam, muitas vezes se apresentavam nos espaços .
Espero ter te ajudado.