História, perguntado por viniciusmacedo5, 1 ano atrás

Como eram as vidas na Europa antes e depois da primeira guerra mundial ?

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Respondido por Eibwen
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– Alemanha: Era o país mais bem-sucedido do continente, líder mundial em quase toda a esfera industrial, da produção farmacêutica à tecnologia de automóveis, além de pioneira social na promoção de seguros de saúde e pensões para idosos. Contudo, encontrava-se à beira de uma crise constitucional. A classe operária industrial estava profundamente alienada de um governo formado por ministros conservadores designados segundo a aceitabilidade pelo cáiser. Sua instituição mais poderosa era o Exército, e seu líder coroado adorava cercar-se de soldados.

– França: O império francês prosperava, apesar do crônico descontentamento de seus súditos muçulmanos, sobretudo no Norte da África. Embora a desigualdade social persistisse, a influência da classe de proprietários de terra era mais fraca do que em qualquer outro país europeu. A classe média francesa, por sua vez, possuía mais poder político do que nos países vizinhos. O temor da Alemanha e o apoio à Rússia formavam o pilar central da política externa francesa.

– Inglaterra: Era a principal potência financeira da Europa, embora os operários vivessem insatisfeitos e em piores condições do que estavam em 1900. Nos sete meses que antecederam o início da guerra, a indústria britânica foi atingida por 937 greves. Além disso, a crise do Ulster ameaçava o Reino Unido com uma guerra civil. A concessão do Home Rule (autogoverno autônomo) para a Irlanda desagradou os protestantes do Ulster, decididos a não se tornarem minoria numa sociedade dominada por católicos.

– Rússia: Possuía a maior produção agrícola da Europa e crescia economicamente, com uma classe empresarial em expansão, embora esta tivesse pouca influência no governo, ainda dominado pela aristocracia de proprietários de terra. Além disso, os russos enfrentavam imensa agitação provocada por operários insatisfeitos: entre 1913 e 1914, foram quase 6.000 paralisações. No que tocava à política externa, o país conservava uma aliança militar estratégica com a França desde 1894, diante da ameaça representada pela Alemanha.

Pós guerra: As fronteiras dos países europeus foram alteradas. A Itália perdeu as possessões da margem oriental do Adriático, cedendo a península da Ístria à Jugoslávia e Rodes à Grécia. A Roménia cedeu a Bessarábia à Rússia, mas recuperou a Transilvânia (em poder da Hungria). A Bulgária perdeu o acesso ao mar Egeu. A URSS foi o país mais favorecido com a reestruturação de fronteiras: ganhou territórios à custa da Finlândia, dos países bálticos (Estónia, Letónia e Lituânia), da Checoslováquia, da Polónia e da Roménia. A URSS também ocupava a parte oriental da Alemanha e um setor de Berlim. A Polónia sofreu uma deslocação de 200 km para ocidente (cedeu parte da Bielorússia e da Ucrânia à Rússia, mas recebeu parte da Prússia, Dantzig, Silésia e Pomerânia da Alemanha). A Alemanha perdeu mais de 100 mil km2.

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