como eram as relações entre os reis francos e a igreja católica
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Quando o Reino Franco foi partilhado pelo Tratado de Verdun (843), o território a leste do Reno tornou-se o Reino da Frância Oriental, do qual surgiria a Alemanha. Os reis francos orientais da dinastia carolíngia não conseguiram impor uma autoridade central forte, razão pela qual cada uma das tribos germânicas viu-se forçada a defender-se sozinha contra os ataques dos normandos e dos eslavos e a eleger duques para liderá-las na defesa. O primeiro duque saxão foi Otão, o Ilustre (880-912), da dinastia Liudolfinger, que logrou controlar a Turíngia. Seu filho Henrique I, o Passarinheiro, eleito rei da Germânia (919-936), é apontado tradicionalmente como o fundador do Império Germânico medieval. Otão I, filho de Henrique, foi o primeiro rei da Germânia a receber do papa a coroa imperial romana (962) e é, portanto, contado entre os Sacro Imperadores Romano-Germânicos. A dinastia otoniana (saxã, portanto) dos imperadores germânicos encerrou-se com o reinado de Henrique II (1002-1024).
Henrique I (o Passarinheiro) e Otão I mantiveram, ambos, o título de duque da Saxônia e combateram os eslavos a leste da Germânia. Otão subjugou os territórios eslavos na margem direita dos rios Elba e Saale e evangelizou-os. Dividiu a região recém-conquistada em margraviatos, dos quais se destacam a Marca do Norte (a partir da qual desenvolveu-se o Reino da Prússia) e o Margraviato de Meissen (do qual surgiria o Reino da Saxônia). Ao tornar-se suserana sobre o território polonês, a dinastia otoniana contribuiu para a conversão dos polacos ao cristianismo.
Em 960, Otão I transferiu para o Conde Hermano (Hermann, em alemão) a autoridade ducal sobre a Saxônia; mais adiante, o título ducal tornar-se-ia hereditário na família de Hermano, os Billung. Este ducado saxão medieval constituiu o cerne da oposição dos príncipes germânicos ao poder imperial durante o período dos imperadores francônios. Com a morte do Duque Magnus em 1106, a linhagem ducal saxã extinguiu-se. O Imperador Henrique V (1106-1165) outorgou então o ducado, na forma de feudo, ao Conde Lotário de Supplinburg, quem, em 1125, tornou-se rei da Germânia; com sua morte em 1137, transferiu o ducado da Saxônia a seu genro, o Duque Henrique, o Orgulhoso, da Casa de Welf. Seu filho, Henrique, o Leão, estendeu o controle germânico aos atuais territórios de Meclemburgo e Pomerânia. Henrique recusou-se a apoiar o Imperador Frederico I Barbarossa, dos Hohenstaufen, na campanha deste último contra as cidades lombardas em 1176, o que o levou a ser julgado e condenado in absentia em 1180 por uma corte em Wurzburgo; em 1181, derrotado por um exército imperial, Henrique viu-se obrigado a submeter-se, durante a Dieta de Erfurt. Exilado, seus domínios saxões foram desmembrados. A maior parte do território - o agora chamado Ducado de Vestfália - foi entregue ao arcebispo de Colônia.
Henrique I (o Passarinheiro) e Otão I mantiveram, ambos, o título de duque da Saxônia e combateram os eslavos a leste da Germânia. Otão subjugou os territórios eslavos na margem direita dos rios Elba e Saale e evangelizou-os. Dividiu a região recém-conquistada em margraviatos, dos quais se destacam a Marca do Norte (a partir da qual desenvolveu-se o Reino da Prússia) e o Margraviato de Meissen (do qual surgiria o Reino da Saxônia). Ao tornar-se suserana sobre o território polonês, a dinastia otoniana contribuiu para a conversão dos polacos ao cristianismo.
Em 960, Otão I transferiu para o Conde Hermano (Hermann, em alemão) a autoridade ducal sobre a Saxônia; mais adiante, o título ducal tornar-se-ia hereditário na família de Hermano, os Billung. Este ducado saxão medieval constituiu o cerne da oposição dos príncipes germânicos ao poder imperial durante o período dos imperadores francônios. Com a morte do Duque Magnus em 1106, a linhagem ducal saxã extinguiu-se. O Imperador Henrique V (1106-1165) outorgou então o ducado, na forma de feudo, ao Conde Lotário de Supplinburg, quem, em 1125, tornou-se rei da Germânia; com sua morte em 1137, transferiu o ducado da Saxônia a seu genro, o Duque Henrique, o Orgulhoso, da Casa de Welf. Seu filho, Henrique, o Leão, estendeu o controle germânico aos atuais territórios de Meclemburgo e Pomerânia. Henrique recusou-se a apoiar o Imperador Frederico I Barbarossa, dos Hohenstaufen, na campanha deste último contra as cidades lombardas em 1176, o que o levou a ser julgado e condenado in absentia em 1180 por uma corte em Wurzburgo; em 1181, derrotado por um exército imperial, Henrique viu-se obrigado a submeter-se, durante a Dieta de Erfurt. Exilado, seus domínios saxões foram desmembrados. A maior parte do território - o agora chamado Ducado de Vestfália - foi entregue ao arcebispo de Colônia.
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Quando o Reino Franco foi partilhado pelo Tratado de Verdun (843), o
território a leste do Reno tornou-se o Reino da Frância Oriental, do
qual surgiria a Alemanha. Os reis francos orientais da dinastia
carolíngia não conseguiram impor uma autoridade central forte, razão
pela qual cada uma das tribos germânicas viu-se forçada a defender-se
sozinha contra os ataques dos normandos e dos eslavos e a eleger duques
para liderá-las na defesa. O primeiro duque saxão foi Otão, o Ilustre
(880-912), da dinastia Liudolfinger, que logrou controlar a Turíngia.
Seu filho Henrique I, o Passarinheiro, eleito rei da Germânia (919-936),
é apontado tradicionalmente como o fundador do Império Germânico
medieval. Otão I, filho de Henrique, foi o primeiro rei da Germânia a
receber do papa a coroa imperial romana (962) e é, portanto, contado
entre os Sacro Imperadores Romano-Germânicos. A dinastia otoniana (saxã,
portanto) dos imperadores germânicos encerrou-se com o reinado de
Henrique II (1002-1024).
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