História, perguntado por Ingridcristina2663, 11 meses atrás

como eram as praticas de saude desenvolvidas pelos sacerdotes

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Respondido por ThallitaSilva
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Há 35 mil anos surgiu, na Europa, a espécie Homo sapiens sapiens, o homem atual. Herdou de seu antepassado direto, o Homo sapiens neanderthalensis o ato de sepultar os mortos com um certo cerimonial. É do Homo sapiens sapiens a autoria dos primeiros desenhos conhecidos e são dele as primeiras tentativas de se aliviar os sofrimentos físicos e emocionais.


De uma forma instintiva, sem um raciocínio lógico, ingeriam ervas e mastigavam folhas, quando afligidos por dores abdominais. Também de forma instintiva procuravam aliviar as "dores" emocionais. Os desenhos das cavernas do Paleolítico Inferior, por muito tempo, intrigaram os arqueólogos. A arte não se destinava a agradar os sentidos, mas a aliviar sofrimentos. Encurralado nas cavernas para fugir do extermínio, devido a mudanças bruscas do clima e dos predadores, o homem temia a morte pela falta de alimentos. Minimizava este temor desenhando caçadas em que era bem sucedido, realizando, em fantasia, o desejo de todo o grupo. Acredita-se que o desenhista desempenhava um papel fundamental, defendendo a existência da comunidade de sua competência.


Caracteriza a prática do cuidar nos grupos nômades primitivos, tendo como pano-de-fundo as concepções evolucionista e teológica. Neste período as práticas de saúde, propriamente ditas, num primeiro estágio da civilização, consistiam em ações que garantiam ao homem a manutenção da sua sobrevivência estando na sua origem, associadas ao trabalho feminino. Com o evoluir dos tempos, constatando que o conhecimento dos meios de cura resultavam em poder, o homem, aliando este conhecimento ao misticismo, fortaleceu tal poder e apoderou-se dele. Observa-se que a Enfermagem está em sua natureza intimamente relacionada ao cuidar das sociedades primitivas. 


2. AS PRÁTICAS DE SAÚDE MÁGICO-SACERDOTAIS 


Aborda a relação mística entre as práticas religiosas e as práticas de saúde primitivas desenvolvidas pelos sacerdotes nos templos. Este período corresponde à fase de empirismo, verificada antes do surgimento da especulação filosófica que ocorre por volta do século V a.C. Essa prática permanece por muitos séculos desenvolvida nos templos que, a princípio, foram simultaneamente santuários e escolas, onde os conceitos primitivos de saúde eram ensinados. Posteriormente, desenvolveram-se escolas específicas para o ensino da arte de curar no sul da Itália e na Sicília, propagando-se pelos grandes centros do comércio, nas ilhas e cidades da costa. Naquelas escolas pré-hipocráticas, eram variadas as concepções acerca do funcionamento do corpo humano, seus distúrbios e doenças, concepções essas que, por muito tempo, marcaram a fase empírica da evolução dos conhecimentos em saúde. O ensino era vinculado à orientação da filosofia e das artes e os estudantes viviam em estreita ligação com seus mestres, formando as famílias, as quais serviam de referência para mais tarde se organizarem em castas. Quanto à Enfermagem, as únicas referências concernentes à época em questão estão relacionadas com a prática domiciliar de partos e a atuação pouco clara de mulheres de classe social elevada que dividiam as atividades dos templos com os sacerdotes.


A percepção de que todos os seres nascem, crescem e morrem, marcou profundamente o homem. Se, por um lado, o distinguiu das demais espécies, por outro, colocou-o frente a uma verdade inegável. Desenvolveu teorias pelas quais esperava não um fim próximo e inevitável, mas a vida eterna. Estabeleceu a existência de um outro mundo e povoou-o com seres semelhantes a si, porém mais poderosos: os deuses. O cenário estava pronto para o surgimento da primeira teoria sobre as doenças, a religiosa.


De acordo com esta teoria, os deuses eram responsáveis pela morte. A causa das doenças estava na sua vontade e a cura também. A enfermidade seria sanada no momento em se agisse sobre sua causa, ou seja, se modificasse a vontade da divindade. Portanto, somente poderia ser "médico" aquele que conhecesse métodos destinados a este fim: os mágicos, os feiticeiros e os sacerdotes.


O tratamento consistia em aplacar os deuses, afastando os maus espíritos por meio de sacrifícios. Usavam-se massagens, banhos, purgativos, substâncias provocadoras de náuseas. Mais tarde, os sacerdotes adquiriram conhecimentos sobre plantas medicinais e passaram a ensinar, delegando funções de enfermeiros e farmacêuticos a seus aprendizes.


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