Música, perguntado por GabyRoduit, 6 meses atrás

Como eram as músicas do Brasil colônia?

Soluções para a tarefa

Respondido por paulas2rosa
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Resposta:

Débora Motta

A música é um elemento central para a compreensão dos costumes de um povo, em um determinado período histórico. Na cadência de acordes e melodias das canções, a identidade cultural de uma nação pode ser desvelada. Partindo dessa premissa, o cravista, diretor musical e autor de trabalhos musicológicos Marcelo Fagerlande, que é professor da Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vem se dedicando ao estudo de dois pilares que sustentavam a música brasileira no período colonial – o cravo, instrumento de teclado considerado ‘o avô’ do piano; e as regras de baixo contínuo, isto é, uma estrutura musical comum nas obras daquele tempo, que se enquadram na escola barroca.

No livro O baixo contínuo no Brasil (1751-1851) – Os tratados em português, lançado com apoio do programa de Auxílio à Editoração (APQ 3) da FAPERJ, pela editora 7 Letras, Fagerlande analisa documentos históricos conhecidos como tratados. Parecidos com os atuais livros didáticos, eles eram livros teóricos, que continham conhecimentos sobre a notação musical – o modo de representar a música em símbolos, no papel – a ser utilizada pelos músicos do período, em Portugal e no Brasil, pela estrutura musical do baixo contínuo. Eram verdadeiros manuais para os músicos em geral. A obra de Fagerlande é resultado da sua tese de doutorado em musicologia, defendida em 2002, na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UniRio).

Conhecer a estrutura do baixo contínuo e outras questões apresentadas nos tratados é importante na musicologia – a ciência voltada para a "arqueologia" da música. Afinal, esses livros teóricos são peças importantes para completar o quebra-cabeça da música colonial brasileira. "Estamos falando de uma tradição que se perdeu. Não há uma continuidade na música ocidental. No caso de arquitetura ou artes plásticas, nós herdamos as obras construídas que continuam em pé, mas no caso da música, a partitura não indica como a composição executada naquela época tem que soar. Então, os canais para reconstituir essas músicas barrocas são os tratados", justificou Fagerlande. "Vale lembrar que naquele tempo não existiam as gravações para perpetuar a sonoridade das músicas", acrescentou.

O livro apresenta um histórico dos tratados musicais em língua portuguesa e investiga seis dentre as obras mais significativas sobre o assunto: o Compêndio músico ou arte abreviada, de Manuel de Morais Pedroso (Porto, 1751); as Regras de acompanhar no cravo ou órgão, de Alberto José Gomes da Silva (Lisboa, 1758); o Novo tratado de música métrica e rítmica, de Francisco Inácio Solano (Lisboa, 1779); o Compêndio de música teórica e prática, de Domingos de São José Varella (Porto, 1806); a Arte da música para uso da mocidade brasileira, de autor anônimo (Rio de Janeiro, 1823); e o Breve tratado de harmonia, de Rafael Coelho Machado (Rio de Janeiro, 1851). Alguns deles estão disponíveis para consulta na Biblioteca Nacional.

Explicação:


GabyRoduit: poderia me resumir? :)
Respondido por fredusuarioM
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Resposta:

eram muita vezes samba ou musicas lentas classicas

Explicação:

espero ter ajudado

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