História, perguntado por juliaasilva1, 1 ano atrás

como eram as condições de vida e trabalho dos imigrantes, no século XIX, no brasil ?

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Respondido por Jezez
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Durante todo o século XIX, a Europa passou por profundas mudanças políticas e econômicas. O surgimento das fábricas, que produziam uma grande quantidade de produtos por um preço menor e o crescimento do uso das máquinas na produção agrícola geraram um grande número de desempregados.  

Muitos europeus que não viam mais condições de sobreviver em seus países optaram por recomeçar a vida em outro lugar. O Brasil representava uma boa alternativa, uma vez que precisava de mão de obra nas fazendas de café, sendo também necessário o povoamento da parte do território que estava desocupada.

Incentivados pelas promessas de uma vida melhor, um grande número de europeus veio para o Brasil no século XIX.

A partir de 1850, com a extinção do tráfico negreiro pela Lei Eusébio de Queirós, teve início, no Brasil, a imigração com o chamado “sistema de parceria”. O sistema de parceria começou com uma iniciativa do senador Nicolau Vergueiro, na Fazenda Ibicaba, em São Paulo. Por este sistema o proprietário cedia uma parcela da terra para os colonos cultivarem, devendo a produção ser dividida entre as duas partes. Inicialmente, os próprios fazendeiros estimularam e custearam a vinda de imigrantes.

Porém, foram muitas as dificuldades dos colonos, uma vez que a parceria se revelou desigual, pois eram enganados pelos fazendeiros na pesagem dos produtos, no cálculo dos juros das dívidas e no preço alto das mercadorias dos armazéns que também pertenciam aos fazendeiros. Dessa forma, muitos imigrantes ficavam com grandes dívidas e os ganhos obtidos com seu trabalho não cobriam o compromisso da parceria. Tais fatos levaram a conflitos entre colonos e fazendeiros, além de desestimular a vinda de novos imigrantes.

Anteriormente, já em 1824, D. Pedro I havia incentivado a imigração de alemães para a região de Nova Friburgo, no Rio de Janeiro, incentivado pela esposa D. Leopoldina. No mesmo ano, uma outra leva de imigrantes se instalou no Rio Grande do Sul, onde receberam sementes do governo para iniciar plantações e cabeças de gado para prover o seu sustento. No entanto, foi a partir de 1870 que o governo tomou para si a subvenção da imigração europeia para o Brasil, com propagandas de incentivo à imigração feitas na Europa.

Na última década da Monarquia, entre 1881 e 1890, mais de 450 mil imigrantes chegaram ao Brasil, a grande maioria atraída pela falsa promessa de “fazer a América”. Na realidade, o principal destino eram as fazendas de café do oeste paulista e as fábricas que começavam a surgir em São Paulo. As despesas de viagem do imigrante e da sua família eram pagas pelo governo, e os fazendeiros arcavam com a instalação deles nas fazendas.

Os imigrantes que se dirigiram ao Sul do país receberam terras do governo para produzirem, mas o maior problema foi a pouca assistência que esses grupos recebiam do governo, além das condições em geral, que eram bem difíceis, pois além dos problemas de adaptação ao clima e aos costumes, as condições de trabalho não eram as esperadas. Além dos alemães, chegaram ao Brasil, neste período, um grande número de italianos, espanhóis, portugueses e poloneses.

Diante disso, começaram a diversificar as atividades para poderem sobreviver, dedicando-se a atividades já conhecidas em seus países. Desenvolveram a pecuária, a agricultura, as produções caseiras e artesanais (queijo, salame, vinho, instrumentos de trabalho e utensílios domésticos).


Respondido por babalubia
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Situação de extrema pobreza na maioria de seus habitantes, cerca de 60 mil, muitos comiam de 1 em 1 semana


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