como era visto a paso judeu na
peninsula Ibérica?
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Resposta:
Já no século sete e seis a.C. dez das doze tribos de Israel começaram a se dispersar e a perder sua identidade judaica. Jeoaquim, rei de Judá, com todo povo foi levado cativo para a Babilônia durante o poderoso império de Nabucodonozor.
O próprio profeta Jeremias advogava submissão a Babilônia, tentando evitar o exílio. Mas, a grande apostasia pela qual passava o povo hebreu e o governo dos reis fizeram que a palavra não fosse ouvida.
Pouco tempo depois, no ano 538 a.C. Ciro, o rei da Pérsia, conquista a Babilônia. Mas, este mesmo rei permite aos judeus regressarem do exílio na Babilônia e reedificarem a cidade de Jerusalém, os muros e o Templo através das pessoas de Esdras e Neemias. Muitos judeus preferiram o conforto da Babilônia civilizada, em lugar das dificuldades da Judéia empobrecida. Deste exílio e com o rompimento com um passado de tribos, iniciou-se a imigração destes judeus para o continente europeu.
Com a expansão do império greco-persa, prevalecendo depois o grande domínio helenista, as ilhas gregas passaram a ser pontes para a dispersão dos judeus rumo ao Ocidente, a Europa. Os judeus continuaram em sua diáspora tomando também outra direção, passando pelo Egito e Alexandria, foram tornando-se numerosos no litoral da Ásia Menor, Éfeso e Mileto. Chegaram à Grécia. Mais tarde, espalharam-se por toda a Itália, depois Espanha onde na Península Ibérica transformaram-se em verdadeiros agentes povoadores.
Tal dispersão foi agravada ainda mais quando no século quatro a.C. Alexandre, o grande, da Macedônia, destruiu o império persa. Vale ressaltar que o elemento judeu sempre teve sua sensibilidade aguçada e diferenciada. Por um lado, crença num único D-us e por outro, suas tradições e costumes os faziam um povo separado e peculiar. Integrados na cultura grega, os judeus na diáspora aprenderam muito bem a arte de comercializar e gerar negócios.
A presença de judeus na Península Ibérica remonta, então, séculos antes de Cristo. Os fenícios, de raça semítica, chegaram na Península Ibérica associando-se em expedições com os hebreus pelo Mar Mediterrâneo desde os tempos de rei Salomão. Já no período do Império Romano, ambicionado pela vasta e rápida expansão no século 3º a.C motivou ainda mais a emigração dos judeus para a Península Ibérica, por conseguinte, para os territórios de Portugal.
É notório que os livros convencionais de História, escritos por autores brasileiros, apresentam quase sempre o assunto de etnias portuguesas ou luso brasileiras de uma maneira superficial e até mesmo negligente, seguindo já uma linha tradicional, na qual é tendencioso ao excluir o elemento semita das raças que se misturavam e caminhavam lado a lado no território de Portugal.
Duas catástrofes ocorridas no ano 70 d.C e 135 d.C contribuíram e obrigaram os judeus que habitavam na Eretz Israel deixassem sua terra natal.
Jerusalém, a comando do imperador Romano Tito foi incendiada, destruída e destroçada. Tentou-se apagar a história e a memória da capital eterna do Criador, Jerusalém. Os judeus foram expulsos daquela região e não tiveram como outra opção, senão partirem para terras distantes, iniciando-se assim, uma diáspora sem a perspectiva de volta. A atrativa Espanha oferecia boas chances e um futuro melhor, embora a mesma pertencesse também ao império Romano, não chamava muita atenção para si como outros grandes centros: Roma, Atenas, Alexandria e Éfeso e outras importantes cidades
Assim, foi se aglomerando a população sefardita na Península Ibérica.
Até o ano de 66 d.C o cristianismo era uma ramificação do judaísmo, como os Saduceus, os Fariseus e os Essênios. Os cristãos eram conhecidos como “os do Caminho” ( Netivyah) ou como Nazarenos.
A intrusão romana na Judéia e a larga aceitação do cristianismo pelos gentios começaram a comprometer o cristianismo judaico. Tudo isto é importante para compreender o longo período da diáspora pela qual passaria o povo hebreu.
Outro fato super importante neste contexto da dispersão judaica, ocorreu a partir do ano 132 d.C. A partir desta data apareceu um judeu chamado “Bar Kochba” que liderou uma segunda revolta judaica contra Roma. Tal fato gerou uma profunda divisão no judaísmo e cristianismo, pois Bar Kochba chegou a ser proclamado “o messias” pelo rabino Akiva, fazendo oposição à fé dos cristãos que criam na pessoa de Jesus como o messias verdadeiro de Israel. Assim, os judeus messiânicos e cristãos se separaram de vez das sinagogas dos judeus tradicionais.