como era os aspectos políticos da Arabia pré Islâmica
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Resposta:
A história da Arábia pré-islâmica, ou seja, anterior à ascensão do islamismo ocorrida na década de 630 naquela região, não é conhecida com grande riqueza de detalhes. As explorações arqueológicas na Península Arábica foram esparsas, e as fontes escritas indígenas estão limitadas às diversas inscrições e moedas encontradas no Iêmen. O material existente consiste primordialmente de fontes escritas de outras tradições vizinhas (como os egípcios, gregos, persas, romanos, etc.) e das tradições orais que foram registradas posteriormente pelos acadêmicos islâmicos.
Rotas comerciais dos nabateus na Arábia pré-islâmica
O estudo da Arábia pré-islâmica é importante para os estudos islâmicos na medida em que fornece o contexto no qual se deu o desenvolvimento do próprio islã. Existem fontes epigráficas no antigo árabe meridional desde por volta do século IX a.C., e do antigo árabe setentrional desde por volta do século VI a.C.. A partir do século III d.C. a história árabe se torna mais tangível, com a ascensão do Reino Himiarita e com o surgimento dos catanitas, no Levante, e a gradual assimilação dos nabateus por aqueles, ocorrida nos primeiros séculos da era cristã, uma tendência expansionista que finalmente culminou com as explosivas conquistas muçulmanas do século VII.
Migrações semíticas arcaicas
Os primeiros eventos conhecidos na história árabe são as migrações feitas a partir da península para as áreas vizinhas.[1] No terceiro milênio a.C. povos que falavam idiomas semitas migraram para a Península Arábica para a Mesopotâmia e se fixaram na Suméria, onde, por fim, fundaram o Império Acádio, sob o comando de Sargão da Acádia (c. 2 300 a.C.).[2]
Os semitas orientais se estabeleceram em Ebla, enquanto os amoritas, semitas ocidentais que haviam abandonado a Arábia no fim do terceiro milênio a.C., se fixaram ao longo do Levante. Alguns destes migrantes acabaram constituindo-se como os arameus e cananeus de períodos posteriores.[3]
Magan e A'ad
Magan foi identificada como o nome de um entreposto comercial dos sumérios na região; presume-se que estivesse localizada no atual Omã. Os aditas se estabeleceram na Arábia Meridional (atual Iêmen), fixando-se a leste da tribo dos catanitas, onde fundaram o reino de A'ad, que perdurou do século X ao III a.C..
A nação A'ad era conhecida pelos antigos gregos e egípcios; a obra Geografia, de Ptolomeu, do século II, se refere ao local ao falar de uma versão helenizada dos habitantes de sua capital, Ubar.
Tamudeus
Os tamudeus (em árabe: ثمود) foram um povo da antiga Arábia - uma tribo ou um grupo de tribos - que criou um grande reino, que floresceu de 3 000 a.C. a 200 d.C.. Recentes investigações arqueológicas indicaram diversas inscrições e figuras deste povo feitas em rocha, não apenas no Iêmen mas por toda a Arábia central.
Foram mencionadas por diversas fontes, como o Corão, a antiga poesia árabe, os anais assírios (Tamudi), numa inscrição feita num templo grego no noroeste do Hejaz de 169, numa fonte bizantina do século V e em diversos grafitos no árabe setentrional em torno de Taima.
Foram mencionados nos anais de vitória do rei neoassírio Sargão II (século VIII a.C.), que os derrotou numa campanha na Arábia setentrional. Os gregos também se referiram a este povo como tamudeus, designação encontrada nos escritos de Aristóteles, Ptolomeu e Plínio, o Velho. Antes da ascensão do islamismo, aproximadamente entre 400 e 600, o povo havia desaparecido totalmente das fontes históricas.