Como era o trabalho infantil na idade moderna
Soluções para a tarefa
As estratégias de combate ao trabalho infantil têm conseguido importantes vitórias nos últimos anos. Segundo a OIT¹, em doze anos (de 2000 a 2012), houve uma redução de cerca de 40% do total de meninas e 25% do total de meninos que exerciam algum tipo de atividade remunerada, atingindo uma queda de 78 milhões de crianças trabalhadoras em todo o mundo.
Embora os resultados desse combate comecem a aparecer, a erradicação do trabalho infantil ainda é uma conquista longe de ser comemorada. Ainda é muito comum a ocorrência de crianças desenvolvendo serviços domésticos (arrumar casas, cuidar de crianças, lavar e passar roupa etc.), agrícolas (nas pequenas propriedades agrícolas, as crianças são contratadas para ajudar na produção agropecuária) ou nas ruas dos grandes centros urbanos (vendendo balas, engraxando sapatos etc.). Estima-se1 que, em 2012, cerca de 168 milhões de crianças trabalhavam em todo o mundo e metade desse total desempenhava funções que colocavam a sua saúde, segurança e o seu desenvolvimento em risco.
Os índices de trabalho infantil são mais preocupantes em países subdesenvolvidos, principalmente na África Subsaariana, em alguns países da Ásia e na América. Isso ainda ocorre porque a principal causa para o trabalho infantil no mundo continua sendo a miséria e a desigualdade social, aliadas a um sistema educacional precário, que não permite o desenvolvimento social da população de baixa renda. Sem condições para garantir o sustento familiar, os adultos responsáveis pela criança acabam utilizando a mão de obra infantil como um complemento da renda familiar.
Diante disso, para que as medidas de combate ao trabalho infantil realmente possam dar resultados significativos, é preciso reduzir a miséria e a desigualdade social no mundo, principalmente em países subdesenvolvidos. Como o trabalho infantil está relacionado com um problema social ainda mais complexo, a erradicação total dessa prática é muito difícil.