Como era o cotidiano das pessoas na época da farroupilha?
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O regime militar no Brasil (1964-1985) foi marcado por imposições à liberdade de expressão, censura à imprensa e a manifestações populares. Nesse período de crise, algumas empresas de comunicação apoiaram o golpe, pois acreditavam que livrariam o país de uma ameaça comunista e veriam, após a tomada do governo, o poder novamente entregue aos civis. Por outro lado, existiam dificuldades de transmissão e circulação de informações e um processo de perseguição a jornalistas que tentavam burlar as regras do governo.
“Veículos de imprensa alternativa, de opinião, periódicos de partidos e movimentos políticos e sociais sofreram um processo de dura perseguição, censura e até fechamento, de forma mais ampla e sistemática do que o que era endereçado aos grandes veículos de comunicação, mesmo os que sofreram com a censura prévia, como ‘O Estado de São Paulo’”, comenta o professor Pedro Henrique Pedreira Campos, do Departamento de História e Relações Internacionais (DHIST) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
A imprensa alternativa sofreu perseguição do governo e suas determinações contra a liberdade de expressão. Poucos veículos conseguiram se manter, como o caso de “O Pasquim”, que utilizava a crítica e ironia para informar a população.
Apesar dos militares terem fechado muitas redações, eles viam na imprensa uma forma de se sustentarem no comando do país. Assim, investiam na propaganda política. “A propaganda ao longo da ditadura civil-militar brasileira foi usada em grande escala por parte do governo de modo a dar legitimidade e adesão popular ao regime, em especial nos períodos de maior fechamento, a partir do AI-5 (1968)”, afirma Campos.
O professor Fábio Koifman, do DHIST, relembra que a propaganda política, tal como nos dias de hoje, procurava enaltecer o que era considerado melhor. A diferença era a falta de liberdade para que a população pudesse criticar o que era veiculado pela propaganda.