Ed. Física, perguntado por aurelianooo, 7 meses atrás

Como era o corpo na Idade Média?

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Respondido por samu7634
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Introdução

   Esta pesquisa tem o objetivo de descrever como era e o que se pensava sobre o corpo no período histórico chamado de Idade Média, conhecido também como “idade das trevas”, como cita TAVARES DE JESUS (1994). Para isso, contamos com estudos e reflexões de diversos autores.

   Para compreendermos a visão de corpo da época, é necessário analisar os contextos histórico, social e cultural que influenciaram o pensamento das pessoas que viveram neste período. Descreveremos, portanto, a supremacia da Igreja, as manifestações artísticas e culturais, a religiosidade e as crenças da população medieval – o que se pensava sobre corpo, higiene, morte, sexo e cultura física.

A Idade Média

   Segundo a ENCICLOPÉDIA BRITÂNICA (1999), a Idade Média é o período da história européia que começa com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476. Da formação dos reinos germânicos, a partir do século V, até a consolidação do feudalismo entre os séculos IX e XII, temos o período denominado alta Idade Média. Neste período, para SOUTO MAIOR (1969), a terra era sinônimo de poder e, como complementam FARACO E MOURA (1995), disputada através de constantes batalhas. Na baixa Idade Média, que vai até o século XV, o capitalismo afirma-se sobre o modo de produção feudal. FARACO E MOURA (1995) afirmam que o declínio da Idade Média se dá com o crescimento da burguesia, a chegada do comércio e as grandes navegações, no fim do século XV. Já SOUTO MAIOR (1969) sugere que este longo período de tempo chega ao fim com a peste negra e as cruzadas. Para PEREIRA (2004), o fim da Baixa Idade Média dá-se, oficialmente, com a queda do Império Romano do Oriente, derrubado pelos Turcos, conhecida como a tomada de Constantinopla.

A supremacia da igreja na Idade Média

   De acordo com TAVARES DE JESUS (1994), a Idade Média teve uma grande influência da Igreja. FARACO E MOURA (1995) afirmam que a Igreja era vista como o lugar do mundo terreno onde estava Deus. Como a base da sociedade era o teocentrismo, ou seja, Deus era o centro de todas as coisas, a Igreja influenciava de maneira muito forte o comportamento das pessoas no campo moral, nos relacionamentos interpessoais, na vida familiar e na forma de pensar e vestir.

   Segundo FARACO E MOURA (1995), as camadas sociais, dentre as quais o clero e a nobreza estavam no comando, eram determinadas por Deus e, como mostra SOUTO MAIOR (1969), o desejo de mudança estaria indo contra a vontade divina. BESEN (2004) diz que uma das características do homem medieval é “aceitar-se num lugar social determinado: forte ou fraco, rico ou pobre, guerreiro ou trabalhador, religioso ou leigo. Nesta posição, ele vê a vontade de Deus”.

   O homem medieval, segundo FARACO E MOURA (1995), preocupava-se muito com a salvação eterna da sua alma e, sob influência da Igreja, renunciava seus bens materiais e os prazeres terrenos. Acreditava que, assim, iria para o “paraíso” depois de sua morte na Terra. BESEN (2004) menciona que foi no século XII que se fixaram os sete vícios capitais: orgulho, avareza, gula, luxúria, ira, inveja e preguiça.

O conhecimento, a cultura e as manifestações artísticas

   TAVARES DE JESUS (1994) diz que os monges eram “os únicos letrados em um mundo onde nem os servos nem os nobres sabem ler”. Segundo SOUTO MAIOR (1969), eram conhecedores de línguas clássicas, grego e latim; por isso, somente eles tinham acesso às obras.

   A Igreja dominava a ciência e as artes. Os mosteiros eram os locais onde a cultura estava depositada e eram vistos como um local próprio para a meditação e para exercitar as “atividades do espírito”. Para TAVARES DE JESUS (1994), a filosofia é conhecida como “serva da teologia” e divide-se em dois grandes momentos. O primeiro, chamado de patrístico, corresponde ao pensamento dos chamados “padres” da Igreja, preocupados em relacionar fé e ciência. Santo Agostinho foi um deles, defendendo uma “iluminação” divina para a aquisição da verdade. O segundo momento é denominado escolástico. Há uma preocupação com a reflexão filosófico-teológica, e surgem as escolas monaicas e catedrais, além das Universidades.

   FARACO E MOURA (1995) citam a religiosidade expressada nas manifestações artísticas. Na arquitetura, destacam-se as grandiosas catedrais. Elas eram projetadas para o céu devido à crença na existência de uma de um Deus que vive num plano superior. As esculturas não eram vistas de forma autônoma; geralmente ilustravam os ensinamentos da Igreja ou eram vistas na decoração de edifícios. Na pintura, encontramos personagens pouco volumosos, cobertos por muita roupa, com o olhar direcionado para o céu. SOUTO MAIOR (1969) nos mostra a música sacra

   Já na literatura, FARACO E MOURA (1995) apresentam o estilo de época predominante (em Portugal), conhecido como trovadorismo, que vai de 1189 a 1434. O nome vem devido à sua apresentação, em forma de texto musical, através de cantigas com viola e lira. SOUTO MAIOR (1969)

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