Artes, perguntado por Catiana765, 11 meses atrás

Como era apreciada a beleza no Período Clássico grego

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Respondido por lorena1042
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Falar sobre a beleza é discorrer sobre padrões estéticos que são sempre culturais e mudam ao longo do tempo e conforme as sociedades. Há, portanto, uma história da beleza que, ao contrário do senso comum, não se refere, necessariamente à mulher e nem à aparência física. Ao contrário, “belo” foi, por séculos ou milênios, um qualificativo associado ao homem e aos atributos ditos masculinos, e não à mulher. Daí entender que, uma história da beleza é, em princípio e por muito tempo, uma história masculina. As mulheres não representavam a si mesmas mas eram representadas por homens e, portanto, as imagens de mulher e da beleza feminina foram, desde a Antiguidade, construções do imaginário masculino. O termo grego mais próximo para beleza ou belo é Kalón: significa aquilo que agrada, que suscita admiração, que atrai o olhar. Os gregos antigos, contudo, não tinham uma definição clara sobre o que é beleza. Associavam a beleza a outros valores. Para Platão, por exemplo, a beleza estava na sabedoria, para o Oráculo de Delfos, na justiça. Nem mesmo Homero, que cantou a irresistível beleza de Helena, definiu a beleza mas usou-a como justificativa para a Guerra de Troia. A Grécia e a beleza ideal Foi no período de ascensão de Atenas, no século V a.C., que os gregos passaram a ter uma percepção mais clara do belo estético. Ocorria, então o desenvolvimento das artes, especialmente da pintura e da escultura cujas imagens representavam a Beleza ideal.  O corpo humano belo era aquele que mostrava harmonia e proporção entre as partes. Beleza passou a ser identificada com proporção. Nascia uma matemática das proporções do corpo humano. Mais tarde, no século I a.C., Vitrúvio, exprimiu as justas proporções corporais em frações da figura inteira: a face devia ter 1/10 do comprimento total, a cabeça, 1/8, o comprimento do tórax ¼ etc. E o que era belo? Segundo Richard Sennet, historiador norte-americano, para os gregos antigos, a beleza não estava no corpo feminino. A beleza era qualidade do corpo masculino mais especialmente do homem rico, másculo e grego. Afinal, naquela sociedade, somente o homem tinha direito à cidadania, isto é, à vida política. E isso fazia parte da atribuição do belo. Hermes e Dionísio”, mármore, de Praxíteles, séc. IV a.C. Museu Arqueológico de Olimpia. “Afrodite de Cnido”, cópia romana de original grego do séc. IV a.C., de Praxíteles, o primeiro artista grego a esculpir uma mulher nua. A beleza grega exaltava o corpo masculino que era exposto nu nos ginásios. Nestes locais, os homens exercitavam-se para modelar o corpo, preparavam-se atletas para os jogos olímpicos e treinavam-se soldados. O aprendizado de gramática, poesia, retórica e filosofia – necessárias para o exercício da vida política – completavam a educação masculina e harmonizavam mente e corpo. A mulher grega: submissa e desprezada Já a mulher na Grécia antiga, não tinha direitos políticos e vivia confinada ao espaço da casa. Não lhe era permitida a nudez e cobria o corpo com túnica até os joelhos quando estava em casa, e até os tornozelos para sair à rua. Conta-se que foi encomendado a Praxíteles, famoso escultor ático do séc. IV a.C. uma estátua de Afrodite e que ele criou duas versões: uma vestida e outra nua. O corpo feminino nu, uma novidade na época quando só se esculpiam homens nus, chocou os cidadãos e foi rejeitada. Desprezada e considerada de pouco valor, foi depois comprada por alguns cidadãos de Cnido e exposta em um templo ao ar livre. A Afrodite vestida não sobreviveu, e a Afrodite de Cnido chegou até nós por uma cópia romana.
Respondido por guilhermeemidio02
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