História, perguntado por isabellemellogo6279, 10 meses atrás

Como era a vida no Brasil durante a passagem do D. João VI na colônia ?

Soluções para a tarefa

Respondido por pedrofodacom10
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Viveu-se um choque de culturas, é natural, com o modelo tradicionalista português confrontando-se com os trópicos, numa colônia mantida até então em estado de completo atraso. Para se ter idéia, não havia uma gráfica em território brasileiro, o que só foi possível a partir de 1808, quando nasceu a “Gazeta do Rio de Janeiro”, primeiro jornal impresso no país (o “Correio Braziliense” era feito por Hipólito da Costa na Inglaterra). As máquinas impressoras foram trazidas pelo Conde da Barca (Antônio de Araújo).
Respondido por laiusjocasta
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A fuga da família real portuguesa para sua colônia mais rentável teve pitadas de uma novela. O medo que tomou conta de toda a corte portuguesa quando da invasão francesa por parte de Napoleão, que instituiu o bloqueio continental, forçando a quebra de relações comerciais com a então poderosa (economicamente falando) Inglaterra de todos os países do continente europeu. Lembremos que a Inglaterra detinha todo o poder econômico e um império tão vasto que se dizia que: " o sol nunca se punha em seu território" e a França conseguia influenciar o continente europeu de forma bélica, com um exército bem treinado e armas potentes. O embate entre essas duas potências da época, início do século XIX, fez com que as monarquias ( inclusive a portuguesa), ficassem temerosas por seu futuro no continente. A fuga da família real para o Brasil foi feita às pressas, com o apoio da esquadra inglesa, que já visava obter lucros na colônia mais rentável dos portugueses.  Em 1808 desembarca em Salvador, então capital do Brasil colônia, toda a corte portuguesa. A família real se estabelece e a vida do colono muda drasticamente. Primeiramente, D. João VI permite que os portos brasileiros sejam abertos às nações amigas, ou seja, o comércio que antes era praticamente inexistente e se voltava apenas para a produção à metrópole ( através do pacto colonial, que forçava essa estreita relação) se via florescendo, crescendo e formando uma elite local disposta a explorar de todas as formas esses  novos contatos. Além dessa medida, D. João VI permitiu a instalação de fábricas e indústrias ( a primeira foi a de pólvora) que não poderiam existir na colônia pois competiriam com os produtos ingleses/portugueses, e as boas relações comerciais entre Portugal e Inglaterra, não via com bons olhos uma possível competição comercial;  autorizou a produção do primeiro jornal em terras brasileiras: a Gazeta do Rio de Janeiro; criou a Escola Real de Artes, Ciências e Ofícios e a Academia de Belas Artes; permitiu que  novas ruas e estradas fossem abertas e as antigas alargadas, permitiu a instalação de iluminação pública, de pontes e calçadas, foi realizado um saneamento na cidade, construiu-se fontes e chafarizes para o abastecimento da cidade. A abertura dos portos permitiu que louças e talheres da Índia, da Holanda e de Portugal chegassem às mesas e casas dos brasileiros ( dos ricos, é claro), enquanto os pobres se utilizavam de utensílios de barro e na maioria das vezes continuavam comendo com as mãos; a abertura dos correios e do Banco do Brasil tb é permitida por D. João VI. 
Vê-se, portanto, que houveram grandes mudanças na vida dos brasileiros.     
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