Como era a sociedade em Esparta
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O laconismo (atividades físicas em detrimento das intelectuais) era priorizado, e havia extrema xenofobia.
Introdução
Esparta foi uma das principais polis (cidades-estado) da Grécia Antiga. Situava-se geograficamente na região sudeste da Península do Peloponeso. Destacou-se no aspecto militar, pois foi fundada pelos dórios.
A cidade de Esparta foi fundada
no século IX a C pelo povo dório que penetrou pela península em busca de
terras férteis. Quatro aldeias da região da Lacônia uniram-se para
formar a cidade de Esparta. A cidade cresceu nos séculos seguintes e o
aumento populacional fez com que os espartanos buscassem a ampliação de
seu território através de guerras. No final do século VIII aC, os
espartanos conquistaram toda a planície da Lacônia. Nos anos seguintes,
Esparta organizou a formação da Liga do Peloponeso, reunindo o poderio
militar de várias polis da região, exceto a rival Argos.
O poder militar de Esparta foi extremamente importante nas Guerras Médicas (contra os persas). Uniu-se a Atenas e outras cidades para impedir a invasão do inimigo comum. O exército espartano foi fundamental na defesa terrestre (Atenas fez a defesa marítima) durante as batalhas. Após as Guerras Médicas, a luta pela hegemonia no território grego colocou Atenas e Esparta em posições contrárias. De 431 a 404, ocorreu a Guerra do Peloponeso entre Atenas e Esparta, que foi vencida pelos espartanos.
Sociedade Espartana
Em Esparta a
sociedade era estamental, ou seja, dividida em camadas sociais onde
havia pouca mobilidade. A sociedade estava composta da seguinte forma:
Esparcíatas: eram os cidadãos de
Esparta. Filhos de mães e pais espartanos, haviam recebido a educação
espartana. Esta camada social era composta por políticos, integrantes do
exército e ricos proprietários de terras. Só os esparcíatas tinham
direitos políticos.
Periecos: eram pequenos
comerciantes e artesãos. Moravam na periferia da cidade e não possuíam
direitos políticos. Não recebiam educação, porém tinham que combater no
exército, quando convocados. Eram obrigados a pagar impostos.
Hilotas: levavam uma vida
miserável, pois eram obrigados a trabalhar quase de graça nas terras dos
esparcíatas. Não tinham direitos políticos e eram alvos de humilhações e
massacres. Chegaram a organizar várias revoltas sociais em Esparta,
combatidas com extrema violência pelo exército.
Educação Espartana
O princípio da
educação espartana era formar bons soldados para abastecer o exército da
polis. Com sete anos de idade o menino esparcíata era enviado pelos
pais ao exército. Começava a vida de preparação militar com muitos
exercícios físicos e treinamento. Com 30 anos ele se tornava um oficial e
ganhava os direitos políticos. A menina espartana também passava por
treinamento militar e muita atividade física para ficar saudável e gerar
filhos fortes para o exército.
Política Espartana
Reis: a cidade era governada por dois reis que possuíam funções militares e religiosas. Tinham vários privilégios.
Assembleia: constituída pelos
cidadãos, que se reuniam na Apella (ao ar livre) uma vez por mês para
tomar decisões políticas como, por exemplo, aprovação ou rejeição de
leis.
Gerúsia: formada por vinte e
oito gerontes (cidadãos com mais de 60 anos) e os dois reis. Elaboram as
leis da cidade que eram votadas pela Assembleia.
Éforos: formado por cinco
cidadãos, tinham diversos poderes administrativos, militares, judiciais e
políticos. Atuavam na política como se fossem verdadeiros chefes de
governo.
Religião Espartana
Assim como em outras cidades da Grécia Antiga, em Esparta a religião era politeísta (acreditavam em vários deuses). Arqueólogos encontraram diversos templos nas ruínas de Esparta. Atena (deusa da sabedoria) era a mais cultuada na cidade.