História, perguntado por edgardasilvamac, 10 meses atrás

como era a realidade do povo indiano em 1857

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Respondido por amorimkaroly
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A Revolta Indiana de 1857 (também conhecida como Revolta dos Cipaios, Revolta dos Sipais ou Revolta dos Sipaios) foi um período prolongado de levantes armados e rebeliões na Índia setentrional e central contra a ocupação britânica daquela porção do subcontinente em 1857 a 1858. Pequenos incidentes de descontentamento em janeiro, envolvendo incêndios criminosos em acantonamentos, foram os precursores da rebelião. Posteriormente, uma revolta em grande escala estalou em maio e tornou-se uma guerra aberta nas regiões afetadas. O conflito causou o fim do governo da Companhia Britânica das Índias Orientais e o início da administração direta de grande parte do território indiano pela coroa britânica (Raj britânico) pelos noventa anos seguintes, embora alguns estados (chamados coletivamente de "Estados principescos") mantivessem uma independência nominal e continuassem a ser governados pelos respectivos marajás, rajás e nababos.

Alguns dentre os modernos indianos consideram a revolta dos sipais o primeiro movimento de independência de seu país.

Em 10 de maio de 1857, o 11° regimento de cavalarianativa do exército da Bengala, acantonado em Meerut, se amotinou, exterminando todos os europeus (inclusive mulheres e crianças) e os cristãos indianos, marchando em seguida para Déli. Nesta cidade, no dia seguinte, outros indianos juntam-se à rebelião, atacam o Forte Vermelho (Lal Qila), matando cinco britânicos, incluindo um oficial e duas mulheres. Lal Qila era a residência oficial do imperador Baadur Xá II, e os sipaios o exigem que recupere seu trono; este se deixa envolver e torna-se o chefe declarado do levante. Os cipaios massacram todos os europeus e cristãos em Déli.

A rebelião começou a se espalhar para além das forças armadas, embora não tenha sido tão popular quanto seus líderes esperavam. Os indianos não estavam totalmente unidos. Enquanto Baadur Xá II foi restaurado ao seu trono imperial com poder real e eficaz, havia facções que queriam que o trono fosse ocupado pelos Maratas (temendo uma ressurreição do Império Mongol), e, enquanto isso, os awadhis (o atual Estado de Utar Pradexe) queria manter o poder que seu Nababo tinha antes da ocupação britânica.

Por outro lado, os siques do Panjabe não desejavam a restauração de um Império Mongol, assim como aos xiitas não interessava o renascimento de um Estado sunita. O sul da Índia permaneceu fora do conflito.

Dois meses depois, tropas britânicas derrotaram o principal exército sipai nas cercanias de Déli e, com o auxílio de forças siques, pachtuns e gurcas, sitiaram a cidade. Déli foi tomada pelos britânicos após semanas de combates de rua, Baadur Xá II foi preso e seus filhos, executados.

Situação semelhante ocorreu em Kanpur, onde, com a aprovação tácita de Nana Sahib, sipais revoltosos sitiaram os britânicos e depois os massacraram, apesar de ter-lhes prometido salvo-conduto. As mulheres, capturadas, foram posteriormente executadas a machadadas, um episódio que se tornou o grito de guerra britânico para o conflito. Kanpur foi retomada, Nana Sahib escapou (provavelmente morreu tentando escapar da Índia) e os sipais foram em sua maioria executados.

A revolta ocorreu também em outros lugares, como Awadh, Jhansi e Gwalior.

AS CONSEQUÊNCIAS DA REVOLTA:

A revolta provocou o fim da administração local da Companhia Britânica das Índias Orientais. Em agosto de 1858, a coroa britânica assumiu o governo da Índia, um secretário de Estado foi designado para tratar de assuntos indianos e o vice-rei da Índia passou a ser o chefe da administração local. A companhia foi abolida e os britânicos procuraram integrar os governantes nativos na administração colonial.

O vice-rei terminou a política de anexações, decretou a tolerância religiosa e admitiu indianos no serviço público. Baadur Xá II foi julgado e condenado ao exílio em Rangum. A Rainha Vitória recebeu em 1877o título de Imperatriz da Índia.

Estima-se que pelo menos 100 000 indianos (entre rebeldes e civis) morreram.

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