História, perguntado por HeberJunior, 11 meses atrás

como era a politica dos hititas

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Respondido por jade89
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À cabeça do império hitita havia um “grande rei” a quem chamavam “Sol”. Passava por ser benfeitor do povo, executava os ritos e dirigia as festas religiosas, na quali­dade de grão-sacerdote. À sua morte era deificado. O rei acumulava as funções de chefe dos exércitos, de adminis­trador e de juiz supremo.

O poder real era limitado por um conselho denominado pank. Literalmente, o termo significa multidão. Na origem, devia tratar-se de uma assembleia de guerreiros de Kus­sar, mas, à medida que se desenvolve o regime esclava­gista, os organismos de democracia militar perdem a sua autoridade: o pank restringe-se, para se tornar um conse­lho aristocrático que representa o cume da classe reinante. Era composto por parentes diretos do rei (filhos, irmãos, etc.), por parentes por casamento e por chefes militares. O pank gozava de latos direitos, especialmente o direito de julgar o soberano; este, pelo contrário, não podia con­denar à morte um membro da família real sem a aprova­ção do pank. O rei, é certo, podia rever uma decisão do pank, designadamente suavizar uma pena.

Assim, nos primeiros tempos, o regime do império hitita foi aristocrático: a alta nobreza (os familiares do rei) que possuía grandes rebanhos e numerosos escravos, e que dirigia casas influentes (famílias patriarcais), go­zava de uma grande autoridade e havia conseguido limitar o poder monárquico. Mas depois, quando o império se tor­nou num poderoso Estado militar, o poder real consolida-se e o pank perde o seu prestígio.

O regime aristocrático supunha uma administração des­centralizada. Com efeito, as condições naturais da Asia Menor não podiam contribuir para a unificação do país: não havia rede de irrigação única que fizesse nascer, como no Egipto, a necessidade da centralização. Certas regiões eram absolutamente autónomas, sob o ponto de vista eco­nómico.

O Estado hitita dividia-se em províncias submetidas a governadores, frequentemente escolhidos na família real e usando o título de “reis”. Nas fronteiras do império eli­coa travam-se protectorados, cujas relações com o “grande rei” eram reguladas por tratados especiais, que previam os contingentes militares a fornecer em caso de guerra, a par­te dos despojos a receber, assim como os direitos do comércio e de relações diplomáticas com os outros países.

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