Como era a organização social na Idade Média e como ela era mantida?
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A organização social do feudalismo era determinada pela forma como as pessoas se relacionavam com a terra: se a controlavam ou se apenas trabalhavam nela.
A sociedade era estamental, isto é , não permitia mobilidade social: quem nascia nobre, permanecia nobre toda a sua vida. Na morte do senhor, o feudo era herdado pelo filho mais velho, desde que fosse do sexo masculino, e seus irmãos continuavam a morar no castelo, sob as suas ordens. Se o primogênito fosse mulher, provavelmente se casaria com um nobre de outro feudo, para onde se mudaria. Os nobres tratavam de encaminhar pelo menos um de seus filhos para a Igreja - era uma forma de estarem ligados à instituição mais importante da época. Os religiosos nobres compunham o chamado alto clero, que comandava os mosteiros e os feudos da Igreja; tornavam-se bispos, cardeais e até mesmo papas.
Os camponeses e todos os que trabalhavam nas terras eram chamados de servos. Quem nascia servo vivia toda a sua vida nessa condição social. Se fosse homem, quando se casava continuava a morar com os pais ou obtinha permissão para construir outra casa na aldeia. Se fosse mulher, viveria na casa dos pais do marido ou em uma casa construída por ele. O filho de um camponês, se entrasse para a Igreja, pertenceria ao baixo clero, ou seja, seria padre, com a função de percorrer os feudos.
Portanto, a sociedade estava dividida em três grandes grupos:
Alto Clero:
Era o grupo social mais importante da sociedade feudal. Além de controlarem muitos feudos, seus membros tinham um lugar social diferenciado, porque eram os representantes da Igreja. Eram considerados intermediários entre Deus e os homens.
Nobreza:
Controladora dos feudos, a nobreza exercia neles o poder de justiça; eram seus membros que faziam e aplicavam as leis em casos conflitos. Os nobres recebiam os impostos pagos pelos camponeses e passavam a maior parte do tempo dedicando-se à preparação militar - uma prática herdada da época em que ocorreram as invasões germânicas. Julgavam-se herdeiros da tradição guerreira e eram conhecidos como cavaleiros.
Servos:
Os camponeses eram a maior parte da população européia à época do feudalismo. Garantiam a sobrevivência de todos, cultivando os campos. Como não controlavam as terras, pagavam impostos para manter o direito de nelas permanecerem. Não eram considerados escravos, mas tinham uma vida pobre e difícil. Não podiam ser expulsos da terra(a menos que não cumprissem com suas obrigações) e eram protegidos pelos senhores feudais, durante as guerras. Nesse caso, todos eram abrigados no castelo. Por outro lado, não podiam deixar os feudos por vontade própria: estavam presos à terra e às suas obrigações.
Havia quem levasse uma vida ainda mais difícil que a dos servos. Eram aquelas pessoas expulsas dos feudos por terem cometido alguma falta ou por estarem com doenças consideradas contagiosas, como a lepra. Os doentes eram vistos com desconfiança, pois acreditava-se que eram criaturas abandonadas por Deus.
Aos que não conseguiam lugar nos feudos, só restava viver de esmolas ou roubos. Também os que desagradavam à Igreja e acabavam excomungados, isto é, afastados do cristianismo, ficavam sem lugar numa sociedade tão dominada pela religião cristã.
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