Filosofia, perguntado por Sofiaa14, 1 ano atrás

como era a liberdade em sartre?

Soluções para a tarefa

Respondido por Ludmilacarlajk
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Liberdade em Sartre 

Sartre defende que o homem é livre e responsável por tudo que está à sua volta. Somos inteiramente responsáveis por nosso passado, nosso presente e nosso futuro. Em Sartre, temos a idéia de liberdade como uma pena, por assim dizer. “O homem está condenado a ser livre”. Se, como Nietzsche afirmava, já não havia a existência de um Deus que pudesse justificar os acontecimentos , a idéia de destino, tal como descrita pelo cristianismo, passava a ser inconcebível, sendo então o homem o único responsável por seus atos e escolhas. Para Sartre, nossas escolhas são direcionadas por aquilo que nos aparenta ser o bem, mais especificamente por um engajamento naquilo que aparenta ser o bem e assim tendo consciência de si mesmo. Em outras palavras, para o autor, o homem é um ser que “projeta tornar-se Deus”. Segundo o comentário de Artur Polônio, “se a vida não tem, à partida, um sentido determinado [...], não podemos evitar criar o sentido de nossa própria vida”. Assim, “a vida nos obriga a escolher entre vários possíveis [mas] nada nos obriga a escolher uma coisa ou outra”. Assim, dentro dessa perspectiva, recorrer a uma suposta ordem divina representa apenas uma incapacidade de arcar com as próprias responsabilidades. 

O principal em Sartre é o fato de negar por completo o determinismo. Afinal de contas, não é Deus, nem a natureza, tampouco a sociedade que nos define, que define o que somos por completo ou nossa conduta. Somos o que queremos ser, o que escolhemos ser; e sempre poderemos mudar o que somos. o quem irá definir. Os valores morais não são limites para a liberdade. 
Respondido por jenifer73148394
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A liberdade sempre foi o centro das preocupações humanas. Desde a mais remota Antigüidade, muito se escreveu, muito se falou e se reivindicou em função de garantir a sua primazia. Entretanto, não podemos  afirmar o mesmo com relação à ética, cujo interesse sempre se restringiu a um universo, sem dúvida alguma, muito mais limitado. Grosso modo, esse foi o perfil histórico construído até quase o final do século XX. Contudo, qualquer olhar um pouco mais atento poderá perceber que um novo movimento começa a se formar em torno dessa questão. Nunca se falou tanto em ética como nesses conflituosos momentos em que vivemos. A ética torna-se urgente. Num movimento inverso, a sociedade reivindica agora princípios éticos e novas disciplinas que possam sistematizá-los, de forma a  garantir a sua liberdade tão ameaçada. E, assim sendo, temos então a bioética que tenta regulamentar os avanços científicos desenvolvidos principalmente na área médica; temos, organizações governamentais  propondo a formação de “Conselhos de Ética” que controlem o nepotismo, a corrupção e outros desvios no comportamento político; temos em todas as demais profissões, princípios éticos colocados em questão pela nossa sociedade consumidora, de forma a assegurar os direitos dos cidadãos num estado democrático.  Não há dúvida: estamos vivendo seguramente um estado de transição. A constatação da turbulência que acompanha esse esvaziamento do nosso campo de valores, nos induz a buscar novos olhares e novas propostas que nos auxiliem no alargamento de nossos já insuficientes e defasados saberes.
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