Como Enric Hobsbawm descreve lampião? Quais são as ideias do autor respeito do cangaceiro?
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Hobsbawn usa o termo bandido social no qual a figura de Lampião viaja entre o herói e o vilão. Para o autor, Lampião tinha meios de fazer conciliações com policiais e fazendeiros, sendo muitas vezes uma figura contraditória.
Lampião e o Cangaço sob a Ótica de Hobsbawn:
- O cangaço era extremamente heterogêneo;
- O banditismo seria um movimento característico de sociedades sob o caráter feudal, semifeudal ou sob o coronelismo;
- Os cangaceiros formaram uma rede de informantes e protetores;
- Para alguns autores, o cangaço tem um potencial revolucionário;
- Não havia consciência de classe no banditismo;
- Eram sujeitos descontentes com as relações de poder do campo e com as condições de vida;
- Pegavam em armas para lutar contra quem eles viam como opressores, porém não canalizavam isso para a formação de uma revolta e consequente revolução.
- Empregos de atos cruéis e violentos;
- Medidas conciliatórias e outras vezes medidas oportunistas;
- Alguns pesquisadores veem o cangaço como precursor das ligas camponesas, o que não é consenso.
Hobsbawn entende o banditismo social como canalizador de atos feitos em protesto, muitas vezes inconsciente, contra injustiças, desigualdades, hierarquias e opressões.
O Cangaço, além dessas características, teria o emprego da vingança.
Afirmar que o autor via o cangaço apenas como cruel e violento é errôneo. O autor percebe que são atos de revoltas inseridos dentro do contexto social rural no Brasil, possíveis apenas nesses cenários.
Os livros nos quais Hobsbawn aborda Lampião e o Cangaço são: "Bandidos" de 1976 e "Rebeldes Primitivos" de 1978.
Leia mais sobre o Cangaço: https://brainly.com.br/tarefa/476159
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