Ed. Técnica, perguntado por anabeatrizsouzaabs5, 10 meses atrás

Como encontrar a inovação 4.0 mais adequada?​

Soluções para a tarefa

Respondido por isaahribeiro2411
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Resposta:

Nem sempre é claro para os líderes de cadeias de suprimentos qual inovação da Indústria 4.0 deve ser adotada. Há diversas tecnologias promissoras com um vasto panorama de opções e fornecedores atraentes para os gerentes seniores, mas com alta complexidade e riscos para aqueles que estão mais próximos às operações, que veem uma estonteante variedade de fornecedores e opções. Em adição ao quebra-cabeças, há questões internas e externet que podem ditar quais inovações têm o maior potecial de beneficiar o negócio e que devem ser priorizadas.

As forças do mercado externo que pressionam a cadeia de suprimentos rumo à Indústria 4.0 poderiam ser ligadas à customização em massa, agilidade diante de uma demanda variada, usando Big Data para entender e prever o comportamento do consumidor, e redes de colaboração em nuvem para ligar fornecedores e clientes.

Há exemplos proeminentes que mostram o potencial da Indústria 4.0. Um é o uso da impressão 3D para produzir aparelhos auditivos em questão de horas, abrindo caminho para uma maior variedade de usos da tecnologia em dispositivos médicos como próteses de titânio para o joelho ou espinha dorsal. O potencial é tanto que a FDA (órgão norte-americano equivalente à Anvisa) lançou recentemente orientações que estabelecem um caminho para a regulamentação de dispositivos médicos impressos em 3D.

Empresas de produtos prontos para consumo estão usando análises preditivas alimentadas por Big Data para entender como os clientes podem reagir a novos lançamentos. Dessa forma, elas podem dimensionar melhor o planejamento de oferta.

São oportunidades que vão além da cadeia de suprimentos e devem se tornar parte de uma definiçao geral de estratégias de negócios lideradas pelos CEOs, onde a cadeia de suprimentos é um dos atores mais importantes, embora seja a Indústria 4.0 que torne isso possível.

Por exemplo, investir em ferramentas de gestão baseadas na nuvem que tornam possível alavancar lojas, armazéns e até mesmo estoques terceirizados para otimizar o envio de mercadorias no e-commerce é uma tarefa para as empresas de supply chain. Mesmo as decisões sobre a configuração da rede física dependem da estratégia de pedidos no e-commerce. No entanto, a decisão acerca da utilização de lojas para reforçar os pedidos pela internet, seja pelo estoque, seja pelo clique-e-retire, é claramente parte de uma estratégia ampla de negócios. Esta deve posicionar as prioridades no comércio eletrônico, cuidar do tráfego no estoque e equilibrar complexidade e treinamento da equipe. O setor de supply chain tem uma voz na discussão, e essa discussão precisa existir antes de qualquer implementação.

Indo além, implantar automação para aumentar a agilidade da linha de produção faz mais sentido se a estratégia de negócios consiste em ter um maior portoflio de produtos com menores volumes e mais atividade promocional. A estratégia industrial é uma função da estratégia de negócios, não o contrario. Por exemplo, a Adidas está inovando no mercado de calçados implantando a impressão 3D para dar suporte a uma estratégia de ofertas customizadas de palmilhas e modelos de edição limitada. Sua concorrente, a Nike, anunciou um programa de automação que está refazendo o mapa das suas unidades de produção e trazendo maior agilidade à cadeia de suprimentos.

Em termos de questões internas, automação, suítes de planejamento transparentes S&OP, sensores de produção conectados, manutenções preditivas e realidade aumentada no chão de fábrica podem garantir benefícios imediatos à segurança, qualidade e eficiência. Essas soluções são interessantes mais por conta das ambições internas de performance do que influências do mercado externo, e elas são mais independentes da estratégia geral de negócios.

Elas podem parecer se sustentar apenas dentro dos domínios da cadeia de suprimentos e operações. Mas, na verdade, são multidisciplinares. Mesmo algo como sensação de demanda utilizando -- que utiliza Big Data e análises preditivas para "sentir" mudanças em curto prazo nas demandas dos consumidores -- é melhor executada com a colaboração da equipe comercial. Sem esse suporte, acessar, entender e alavancar os dados torna-se uma tarefa difícil para os líderes da cadeia de suprimentos.

Uma vez que o desafio de identificar e priorizar as possibilidades mais atraentes da Indústria 4.0 é encaminhado, o próximo passo é justificar o case de negócios.

Explicação:


anabeatrizsouzaabs5: Obrigado!!!!!
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