Geografia, perguntado por izabwlla, 1 ano atrás

Como e quando a China se tornou comunista?

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Respondido por Bia16bfl1
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Depois de 22 anos de guerra civil, em outubro de 1949 foi proclamada a Republica Popular da China e o país foi unificado sob o controle dos comunistas comandados por Mao Tsé Tung, secretario geral do Partido Comunista Chinês - PCC, foi aí que nasceu a China Comunista.

Com a Revolução Chinesa, em 1949, a história do país sofreu uma forte mudança. Foi quando Mao Tse-tung, em discurso feito durante a proclamação da República, afirmou que “O povo chinês se levantou [...]; ninguém nos insultará novamente.” Enquanto isso, na Ilha Formosa, se refugiaram os nacionalistas membros do Komintang, comandados por Chiang Kai-shek, e fundaram a República da China Nacionalista, também conhecida como Taiwan. Implantou-se inicialmente na China Revolucionária, um regime político centralizado no poder do Partido Comunista Chinês, liderado por Mao Tse-tung, seguindo a ideologia marxista-leninista da antiga União Soviética. Somente após a Revolução é que a China reiniciou seu conturbado processo de industrialização.

O novo governo adotou medidas drásticas, como a nacionalização das indústrias e a reforma agrária, para enfrentar as dificuldades econômicas, que ressurgiram com a Guerra da Coréia (1950). Em 1955 foram organizadas um milhão de cooperativas no campo, acelerando assim a coletivização da agricultura.

Com as reformas socialistas que houve a produtividade industrial cresceu 400%, o que não aconteceu com os salários, que só aumentaram 52%. Com as primeiras ameaças do socialismo ao governo do Partido Comunista, Mao Tse-Tung proclamou uma liberalização interna, permitindo diferentes pensamentos políticos no país. Com as críticas ao seu governo crescendo, houve reação por parte deste com uma campanha antidireitista que levou milhares de pessoas à prisão.

Em agosto de 1957 o Patido Comunista Chinês (PCC) implantou um programa de reformas chamado Grande Salto para a Frente, que visava deslocar subsídios econômicos para a agricultura, confirmando o predomínio da base camponesa do socialismo chinês. Toda a população se mobilizou, tendo a participação de intelectuais e estudantes que foram trabalhar no campo. Houve um crescimento de 65% da produção rural, juntamente com muitas dificuldades que os obrigaram a mudar de rumo. O desastre econômico e social provocado pelo Grande Salto para Frente gerou conflitos internos contra o PCC, abrindo caminho para a perda de poder de Mao Tse-Tung.

Durante algum tempo, o Estado Chinês ficou nas mãos do vice-presidente, Liu Shao-chi; do primeiro-ministro, Chu Enlai, e do dirigente partidário, Deng Xiaoping. Estes tentaram reavivar alguns princípios do sistema capitalista como, por exemplo, recompensas por esforços do trabalho.

Mao Tsé-Tung não perdeu o poder por completo, já que tinha o apoio dos militares e de algumas facções políticas, e se fortaleceu quando as relações da China com seus vizinhos ameaçaram a integridade do território chinês.

Mao lançou um programa de educação para converter todos os soldados em comunistas fiéis e obedientes ao seu partido, além de promover a transferência do controle da Revolução para os camponeses e operários sob a coordenação de seu partido, dizendo pretender a igualdade absoluta.

Iniciava-se, pois, a Revolução Cultural na China. Burocratas, políticos, militares e cidadãos comuns foram atingidos por uma onda repressiva. A esposa de Mao, Jiang Qing, foi a chamada ditadora cultural, e passou a exercer domínio absoluto sobre o que podia ser escrito, pintado, editado, cantado e exibido nos teatros e cinemas. Foram fechados cursos universitários, e banidos para o campo os profissionais da educação e às artes.

Os jovens foram dispensados das aulas e o Estado forneceu alimento, transporte e alojamento para que eles percorressem o país como militantes de esquerda. Eles usavam uma braçadeira vermelha em um dos braços, formando a Guarda Vermelha, que era constituida de milhoes de jovens. Sua base doutrinária era o “Livro Vermelho” de Mao Tse-Tung.
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