Geografia, perguntado por valeijes, 1 ano atrás




“Como e por que tentaríamos chegar a uma revolução no pensamento geográfico? Khun oferece uma análise interessante desse fenômeno, tal como ocorre nas ciências naturais. Ele sugeriu que a maior parte da atividade científica é o que ele chama de ciência de rotina. Na prática dessa rotina surgem determinadas anomalias -- observações ou paradoxos que não podem ser resolvidos dentro do paradigma dominante. Essas anomalias tornam-se o foco de crescente atenção até que a ciência é mergulhada num período de crise, do qual surge eventualmente uma nova série de conceitos, categorias, relações e métodos, inaugurando-se assim um novo paradigma que é seguido, mais uma vez, pela ciência de rotina (...) A história do pensamento geográfico dos últimos dez anos está exatamente espelhada nessa análise. A proposição central da velha Geografia era o qualitativo e o único. Ela não podia resistir à orientação das ciências sociais em direção a instrumentos de manipulação e controle social. A revolução quantitativa criou um novo paradigma, abrindo o panorama para novas metodologias. Por fim, novas coisas por medir existiam em abundância(...) A revolução quantitativa percorreu o seu curso e está aparentemente consolidada. Em adição, há jovens geógrafos agora, tão ambiciosos quanto eram os quantitativos na década de 1960, um pouco famintos por reconhecimentos e um tanto desencantados com o que fazer. Mais importante: há uma clara disparidade entre a teoria sofisticada e a estrutura metodológica que usamos e nossa habilidade em dizer qualquer coisa realmente significativa sobre os eventos. Há anomalias entre o que tentamos explicar e manipular e o que realmente acontece. Há um problema ecológico, um problema urbano, um problema do comércio internacional, e não obstante parecemos incapazes de dizer qualquer coisa de fundo ou profundo sobre qualquer deles. Quando dizemos algumas coisa parece trivial ou talvez ridícula. Em resumo, nosso paradigma não está resistindo bem. Como podemos realizar tal revolução [epistemológica]? Poderíamos abandonar a base positivista do movimento quantitativo seja por bases fenomenológicas seja por um idealismo filosófico ou por uma base materialista, dialética e histórica. O marxismo e o positivismo têm em comum uma base materialista e um método analítico. A diferença é que o positivismo simplesmente procura entender o mundo enquanto o marxismo procura mudá-lo."



(David HARVEY, 1973 http://www.geocritica.com.br/texto05.htm.)





De acordo com o autor do texto:


Escolha uma:
a. A revolução quantitativa criou um novo paradigma, abrindo o panorama para novas metodologias.
b. A história do pensamento geográfico não está espelhada em uma série de conceitos, categorias, relações e métodos. A proposta era o qualitativo e o único.
c. No positivismo procuramos entender o mundo enquanto no marxismo procuramos mantê-lo como está, sem mudanças radicais.
d. Há uma clara igualdade entre a teoria e a estrutura metodológica que usamos na Geografia o que a torna realmente de fácil compreensão.






Escolha uma:
a. descrições e interpretações sobre a Organização do espaço do ponto de vista socioeconômico e cultural.
b. estudos do Possibilismo e o Funcionalismo.
c. os estudos sobre Determinismo ambiental.
d. análises de cunho Positivista.

Soluções para a tarefa

Respondido por elenice1964souz
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a. A revolução quantitativa criou um novo paradigma, abrindo o panorama para novas metodologias.

marciagomesaraujo: certa a resposta respondi e acertei obrigada
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