Como e o conceito de simulacro da filosofia de Platão
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O gênero sofístico foi, na Grécia Clássica, um fator determinante para a educação dos helenos. Seus propagadores possuíam uma impressionante habilidade discursiva que encantava os seus interlocutores. Falavam sobre todas as coisas, das divinas, ocultas, do vulgo e das artes e das ciências de modo geral. Propunham-se como oniscientes e, mediante um salário, se dispunham a ensinar sua arte. Além daquela habilidade, um grande anseio de satisfação pessoal arrastava uma multidão de pretendentes dispostos a pagar a quantia necessária para adquirir a arte de saber sobre todas as coisas.
Entretanto, no diálogo “Sofista”, Platão parte do pressuposto de que a nenhum homem é dado o poder de conhecer todas as coisas, o que o tornaria um deus, verificando, na propaganda do sofista, um discurso enganador de quem, então, poderia ensinar tão somente uma aparência de ciência universal. Encontra-se aqui a dificuldade para estabelecer a verdade e a falsidade que fomentam uma discussão ontológica. É preciso definir o sofista para que ele não seja confundido com o filósofo e com o político. Se se estabelece que sua arte é uma arte da ilusão, faz-se necessário investigar quais são os parâmetros que assim a delimitam e o que propicia esse poder de ilusão, além de determinar qual o seu objeto e sua relação com o imitado. Isso porque não se pode afirmar que o sofista seja um leigo. Ele possui sim uma arte que deve ser justificada como ilusória e prejudicial quando se pretende formular uma crítica e estabelecer o princípio ou norma ideal para se educar.