Como é dividida a produção literária Humanista ?
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A produção literária desse período subdivide-se em:
Poesia PalacianaProsa (crônicas de Fernão Lopes. prosa doutrinária, novelas de cavalaria)Teatro – Gil Vicente
A Poesia Palaciana, como próprio nome já diz, era poesia produzida no ambiente dos palácios, feita por nobres e destinada à corte. Ao contrário dos códices (manuscritos) trovadorescos, grande parte da produção poética desse período foi recolhida por Garcia Resende, no Cancioneiro Geral, formado por 880 composições, impresso em 1516. Entre suas principais características estão:
separação entre música e texto – a poesia destina-se à leitura. Assim, a própria linguagem é responsável pelo ritmo e expressividade. O termo trovador aos poucos assume um caráter pejorativo e começa a surgir a figura do poeta;utilização dos redondilhos – versos compostos por cinco (redondilhos menores) ou sete sílabas poéticas (redondilhos maiores);temática variada – com composições religiosas, satíricas, didáticas, heroicas e líricas. O lirismo amoroso trovadoresco, a partir da influência de Petrarca (um dos precursores do Humanismo italiano), assume uma nova conotação, a mulher idealizada, inatingível, carnaliza-se e a sensualidade reprimida nas cantigas de amor passa a ser frequente.Fernão Lopes é a principal figura da prosa humanista, considerado o fundador da historiografia portuguesa. Sua importância se deve não só pelo aspecto histórico de sua produção, mas também pelo aspecto artístico de suas crônicas. Em sua crônicas, apesar de regiocêntricas, o povo aparece pela primeira vez com co-autor das mudanças históricas portuguesa. Entre suas características destacamse: a imparcialidade, o registro documental, a criticidade e o nacionalismo. São de autoria de Fernão Lopes:
Crônica de El-Rei D. Pedro ICrônica de El-Rei D. FernandoCrônica de El-Rei D. João I.Crônica del-Rei D. Pedro I , a qual se materializa por uma crítica aos principais fatos do reinado de D. Pedro I, inclusive a morte de Inês de Castro
Crônica del-Rei D. Fernando, reconstituindo o período do casamento de D. Fernando com Dona Leonor de Telles até o início da revolução de Avis;
Crônica del-Rei D. João, dividida em duas partes, sendo a primeira caracterizada como uma reconstituição do período da morte de D. Fernando, em 1383, e a segunda relata sobre o governo de D. João até o ano de 1411.