Saúde, perguntado por yscarlanrodrigues, 9 meses atrás

Como e a percepção de morte para os profissionais de enfermagem?

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Respondido por anacarlamcp
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Resposta:

Quando o assunto é morte, muitas pessoas preferem evitar o tema, pois se trata de um processo que acarreta profundas reações emocionais. No contexto atual, evidencia-se a falta de preparo para enfrentá-la, já que desde crianças as pessoas são afastadas da morte e de seus ritos fúnebres. Além disso, sua ocorrência vem predominando nas instituições hospitalares, tornando-a mais distante do cotidiano.

A morte é um acontecimento difícil para todos, sejam filhos, sejam pais, familiares e profissionais da área da saúde, por gerar sentimentos de dor, inconformidade, negação e saudade. Existe dificuldade em se falar sobre a morte, no entanto mais complexo é conviver em um ambiente em que esta se faz presente, como é o caso da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), tendo em vista a gravidade dos pacientes que lá se encontram. A UTI é considerada um setor restrito da área hospitalar, destinado à prestação de cuidados preventivos, curativos e paliativos a pacientes que se encontram em estado crítico e investíveis, dispondo de assistência contínua, profissionais especializados e equipamentos tecnológicos sofisticados.

Convém destacar que, nesse cenário, a equipe de enfermagem está sujeita a vivenciar, diariamente, episódios de morte. Assim, constata-se que os trabalhadores estão pouco instrumentalizados para lidar com essa situação, visto que, em geral, durante a formação profissional, o enfoque principal é a preservação da vida.1 Por outro lado, emerge a necessidade de auxiliar tais profissionais no enfrentamento desse processo, mediante a humanização do ambiente hospitalar. Todavia, a humanização ainda se encontra centralizada no paciente, disponibilizando-se escassa atenção ao cuidado e à humanização do sujeito-trabalhador,3 fato que precisa ser modificado, em virtude da importância de prepará-lo emocionalmente para a execução das ações cuidativas, bem como para atuar de forma ética e profissional diante do processo de morrer e de morte.

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