Como é a economia nos dias de hoje nas capitanias hereditárias?
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Explicação:
O artigo de Acemoglu, Johnson e Robinson (2001) argumenta que dife-
rentes tipos de colonização, somados a outros fatores, explicam diferenças nas
instituições atuais. Parte de três premissas principais como base ao argumento: a
decisão pelo tipo de colonização (de povoamento – que encorajava investimentos
na própria colônia – ou de extração – que transferia todas as riquezas da colônia
para a metrópole); a estratégia de escolha do tipo de colonização (as regiões em
que os europeus se deparavam com altas taxas de mortalidade eram escolhidas
como colônias extrativas); e, por fim, sustentam que as instituições formadas no
passado afetaram as atuais e que suas características estão presentes até hoje. Estas
três premissas que sustentam o argumento de que o tipo de colonização afetou as
instituições atuais seriam responsáveis, portanto, de forma indireta, pelos ganhos
presentes de renda per capita.
Já Acemoglu, Johnson e Robinson (2004) apresentam conclusões semelhantes
em relação a outras colonizações. Em particular, o trabalho evidencia quais eram
as características específicas das regiões com que os colonizadores se deparavam e
que determinavam, conscientemente, o tipo de instituição a ser implantada, de
acordo com seus próprios interesses. Estas instituições persistiram e, atualmente,
definem as condições de desenvolvimento econômico dos países. A literatura sobre
tal tema é bastante extensa. Os trabalhos de Banerjee e Lyer (2005), Bertocchi e
Canova (2002) e o de Bernhard, Reenock e Nordstrom (2004) reforçam as con-
clusões anteriores, aplicadas, respectivamente, à Índia, a mais de quarenta países
da África Subsaariana e a algumas colônias espanholas e inglesas, respectivamente.
Este trabalho busca inovar em relação aos realizados para o Brasil, como os
de Menezes-Filho et al. (2006) e de Naritomi, Soares e Assunção (2012), pois
aplicam-se aqui dados sobre as CHs como determinantes históricos da colonização
dos municípios e estimam-se os seus efeitos sobre diferentes variáveis institucionais.
O trabalho de Menezes-Filho et al. (2006) utiliza a qualidade das instituições
e elementos históricos para determinar as diferenças de Produto Interno Bruto
(PIB) per capita entre os estados brasileiros. As variáveis independentes utilizadas
para medir as instituições do passado são escravidão, alfabetização, imigração es-
trangeira e acesso ao voto. O grau de enforcement das leis trabalhistas representou
as instituições atuais. Os resultados não encontraram relação da escravidão com as
instituições atuais, porém a relação da escolaridade da população no passado e da
porcentagem de eleitores apresentou sinal positivo e significativo com a qualidade
das instituições atuais. A imigração mostrou-se importante na determinação da
trajetória de crescimento dos estados brasileiros. A latitude das capitais dos estados
também se mostrou relevante para explicar as diferenças nas instituições atuais.
Apesar do número reduzido de observações, as correlações e a regressão estimada
são consistentes com as hipóteses do modelo.
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