Sociologia, perguntado por emillypedroso570, 11 meses atrás

como durkhein entende ética?​

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Respondido por efigeniaoliveip9efr6
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Da ética

A teorização da moral, nas obras de Durkheim analisadas neste

escrito, apresenta um aspecto fundamental que manifesta - na tensão entre o ser e o dever-ser ou, ainda, na questão nuclear da moral:

como agir? - a sobreposição da sociedade ao indivíduo. A sociedade

torna-se a única fonte capaz de conter substância moral. Essa preponderância do social emerge na construção teórica das regras para

o método. Aqui Durkheim elege o fato social enquanto forma ou modo

de agir, sentir, pensar, que tem existência própria, autônoma e externa ao indivíduo, adicionando o poder de coerção do todo social

sobre as vontades ou consciências individuais. Isso significa também

a impossibilidade de os sujeitos sociais alterarem as imposições de

corpo societário, ou, ainda, a submissão, o conformismo dos indivíduos diante das demandas da sociedade. O agir é ditado pelo agir da

maioria. A possibilidade do dever-ser limita-se à imitação de poder

hegemônico em conformidade com o status quo vigente. A ação

contrária é a ação patológica, anômala, minoritária, fadada ao fracasso por ser individual e subjetiva.

O caráter externo, autônomo e coisificado dos fatos sociais, e sua

possibilidade de apreensão metodológica, traduz para Durkheim a racionalidade do social. O próprio ser da sociedade é ser racional. Essa

racionalidade objetiva-se no conceito (representação essencialmente

impessoal), nos fatos sociais e nas representações coletivas.

No interior dessa objetividade podemos discernir, segundo

Durkheim, o julgamento de valor e o julgamento de realidade. Ambos

reafirmarão a preponderância do elemento objetivo sobre o subjetivo,

ou ainda do julgamento impessoal (científico) sobre o pessoal

(preconceituoso). A substância produtora desses julgamentos é a coletividade.

Para Durkheim - privilegiando o idealismo (objetivo) de Hegel e

antepondo-se radicalmente a Marx -, as formas coletivas de existência

- crenças, práticas religiosas - representam a essência da vida em sociedade e não o trabalho ou a produção material da vida. Crenças, práticas, representações, mas também leis, normas e regras sociais constituem os elementos dinamizadores do funcionamento do corpo social.

Elemento vital no funcionamento da sociedade é a divisão do trabalho

social: fato social cuja função é gerar solidariedade

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