como diminuir a injustiça sociais
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Resposta:
A marginalidade social é uma realidade com a qual a humanidade sempre terá de conviver. Suas causas são diversas.
Pode ser cultural, como a segregação de grupo étnicos; religiosa, como os constantes conflitos entres xiitas e sunitas; pessoal, como indivíduos que, mesmo tendo famílias, vão voluntariamente para a mendicância; políticas, causada por perseguição de governos levando pessoas a imigrarem; econômica, causada pela má gestão de governos ao distribuir a riqueza diversa de um país, dentre outras. Talvez, essa última condição seja a que mais insere pessoas no hall dos excluídos sociais. A pobreza e suas consequências tem feito grandes vítimas e a sociedade não pode se abster dessa discussão.
Falar da marginalidade social e da pobreza quase soa como sinônimos, apesar de não serem, mas se relacionam profundamente. As pessoas que necessitam de auxílio, em sua grande maioria, estão sem recursos e condições para saírem da miséria social. O filósofo Enrique Dussel nos chama a atenção para entendermos que fomos criados em uma cultura que vê o outro muitas vezes como um objeto, infelizmente. Isso tem relação com o processo de colonização realizada na América Latina. Faz parte da cultura do “euroamericanocentrismo”, que passou a ver o outro como estranho, inferior, inimigo e dotados de impessoalidade. Existe a necessidade de se construir uma relação que Dussel chama de “pessoa-pessoa” em substituição à “pessoa-objeto”.
Assim, ao falarmos de pobreza temos que ampliar o sentido da palavra: “pobre se torna em categoria epistêmica que se ampliando em sua abrangência, a começar do índio, mas também incluindo o negro, o trabalhador rural, a mulher e todos quantos foram excluídos da História oficial e dos sistemas oficiais e religiosos de vida”.
O estudo feito por C. K. Prahalad em nível mundial sobre a pobreza revelou que 80% da população mundial vivem com menos de US$ 2,00 diários. São 4,5 bilhões de pessoas nessa condição. A consequência disso é um efeito em cadeia, pois, para a sobrevivência, as pessoas precisam trabalhar desde cedo, abrindo mão de estudos, que por sua vez as deixarão inaptas para trabalhos elaborados — pertinentes aos dias atuais -, sobrando os manuais e de baixa remuneração. Por consequência, não terá acesso às necessidades básicas, como moradia, alimentação e saúde. É o que ele denomina de Base da Pirâmide.
Prahalad nos faz perguntas desafiadoras e apresenta três universos para tal questão:
“O que estamos fazendo pelos mais pobres do mundo? Por que, com toda essa tecnologia, know howgerencial e capacidade de investimento, somos incapazes de fazer uma contribuição, mesmo que mínima, ao problema da alastrante pobreza e alienação globais? Por que não conseguimos criar um capitalismo de inclusão?"
"Por que não podemos mobilizar a capacidade de investimentos das grandes empresas com o conhecimento e o comprometimento das ONG’s e das comunidades que precisam de ajuda? Por que não podemos criar um conjunto de soluções diferentes?"
"O problema da pobreza deve forçar-nos a inovar e não a exigir direitos de impor soluções?”
Outra pessoa que está lutando para reduzir a condição de marginalidade e exclusão social de milhões é Muhamad Yunus, que ficou conhecido como o “pai dos pobres”. Ele desenvolveu o conceito de microcrédito, hoje utilizado em vários países. Ganhou o Prêmio Nobel da Paz de 2006 por desenvolver um mecanismo econômico-social que permitiu milhares de pessoas a mudar sua condição de vida.