Filosofia, perguntado por SahParkJimin, 1 ano atrás

Como devemos construir uma atitude anti racista? por favor, urgente!

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Respondido por thaina2747
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Racismo I Medidas reparadoras I Educação





Fico mais chocada do que ovo de pata toda vez que reflito em como ainda pode existir racismo no Brasil, um país onde a cultura e a representatividade afro-brasileira é tão presente.

É deprimente e contraditório – sério mesmo!

Ao falarmos em racismo, imediatamente pensamos nos negros. Embora outros grupos também sofram com racismo – atualmente, esse é o grupo mais atingido.

A origem do racismo se dá por diversos fatores, mas é certo que o meio inserido e a formação do indivíduo influenciam no pensamento e comportamento racista.

Esse processo de construção do preconceito racial com relação aos negros se dá desde  a escravidão, o que gerou - após a libertação dos negros em 1888, a exclusão social, onde foi ofertado aos negros – quando ofertado – empregos de submissão, em que o trabalho intelectual não era valorizado e sim o trabalho braçal.

As atividades escolares não eram acessíveis a esse grupo, o que gerou vulnerabilidade social, um exemplo disso é que os Quilombos foram substituídos por Comunidades.

Com isso, percebe-se como o racismo, da história e até hoje, em plena metade do século 21, faz vítimas.

Embora no Brasil haja uma forte mistura de raças, a incidência de racismo pode não ser tão evidente para alguns, mas ele não deixa de existir. Em alguns casos, ocorre de forma polida, em que nem é percebido pelas pessoas, como em forma de piadas, etc.c.

A verdade é que nenhum lugar está protegido do racismo. Outra evidência clara da exclusão racial é o cenário acadêmico e profissional. Nesse último, é nítida a diferença entre cargos de liderança ofertados aos brancos e aos negros.

Após a libertação dos negros, não foi dada nenhuma condição para que os mesmos pudessem se inserir na sociedade, o resultado da exclusão social é, automaticamente, a marginalidade social - o racismo é consequência e a matriz desse descaso.

O racismo é mais do que a exclusão propriamente dita, é uma sub-inclusão que notamos no cotidiano. Há uma certa polidez ao lidar com o negro onde, após o período de 1800, ofertaram ao negro a extensão da senzala, a cozinha, os sub-empregos, sub-lugares, como uma de forma de alocá-lo socialmente, mas ainda assim, num patamar inferior ao do branco.

Observamos isso no cotidiano da elite, nos centros comerciais etc. Nesses lugares, os negros são alocados como faxineiros, vigilantes, serventes e cargos similares. Dificilmente o negro é contratado para um cargo de confiança, ou para lidar diretamente com o público.

Na televisão brasileira, os negros são submetidos a papéis de subordinação, como babá, empregada (o) doméstica (o), ou até como criminoso, marginal etc. É comum ouvirmos “Não sou racista, até contratei uma empregada negra”, como se essa afirmação legitimasse uma visão de igualdade racial do indivíduo.

Há dentre esses já citados, muitos outros comportamentos na sociedade, que tornam a cor da pele um determinante importante para o alocar de posições e o usufruir de oportunidades.

Diante dessa problemática, é natural e obrigatório que o Estado invista em políticas públicas e medidas reparadoras que, além de ofertar condições para remediar os danos causados durante anos de exclusão e atraso social aos negros, os insira na sociedade.

Logo abaixo tem um infográfico que pode ser uma ferramenta para ajudar as pessoas a entenderem o que é o racismo e como se deu. A partir dessa compreensão, é possível afirmar que sim -medidas reparadoras como cotas de inclusão nas universidades e concursos públicos não são uma forma de inferiorizar os negros, muito pelo contrário, representam apenas a conta que o estado tem de pagar por tantos danos causados a um grupo que foi excluído apenas pela cor da sua pele.

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