Question

Como Descartes refuta o empirismo usando as ideias de Deus e da alma?

Answer 1

em um mundo simulado virtualmente e fora alguns casos isolados, a maioria das pessoas vivem a sua realidade nesse mundo sem o conhecimento da verdadeira natureza do mesmo, ou seja, admitem que as suas realidades são a sólida realidade daquilo que seus sentidos dizem.. 

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Vamos começar da base agora.. 
Peço que voce leia com calma também 

Eu não posso saber quem eu sou apenas por aquilo que eu vejo e sinto.. 
Não posso saber a minha verdadeira natureza e muito menos a dos demais.. 
Mas eu tento buscar tal resposta mesmo assim... 
A minha tentativa é algo e portanto, fruto de algo anterior... 
"Algo" é algo em mim, seja la a que nivel de regressão dessa "cadeia de algos", seja la quem ou o que for eu 

"Eu", portanto, devo existir de alguma maneira, do contrario não poderia tentar buscar a resposta para a minha pergunta.. 

Portanto: 
"Cogito, ergo sum" 
"Penso, logo sou" 

Se eu penso, então eu devo ser algo.. Ainda que eu negue toda a realidade a minha volta, EU, sou, invariavelmente fruto de algo.. 
Esse foi o axioma fundamental de Descartes, a pedra fundamental e absoluta da qual ele começou a construir a sua estrutura filosófica.. 

Se meu corpo é um representante de ordem "n" qualquer do "algo" que representaria a verdadeira essencia que de fato EXISTE em algum prisma, então meu corpo é um mero receptaculo deste... 

Ao "algo", Descartes atribui o conceito de "alma", que residiria em algum plano, metafisico ou nao ( "não" no caso da percepção humana ser incapaz de abstrair a realidade-primeira, que seria fisica ....ou metafisica no caso da mesma residir em algum tipo de constructo irracional e ilógico, onde qualquer percepção real ( não necessariamente humana nesse caso ) conseguiria realizar tal feito abstrativo ) 

Sendo assim, pela minha percepção em primeira pessoa, eu devo possuir alma.. O que não significa que eu possa aumentar e generalizar para os demais humanos a minha volta, ja que, a priori, cada informação que os meus sentidos recebem, podem ser falseaveis.. Fora da minha conclusão pessoa de que "eu" possuo alma, todos os demais podem representar nada mais do que um "sonho" MEU, cascas vazias da minha realidade perceptiva pessoal 

No entanto, por indução, se eu posso fazer tal feito abstrativo, nada me impede de ser observado como o sonho de alguem, sendo esse alguem hipoteticamente dotado de alma em sua primessência.. 
Virtualmente, cada um dos nossos 7 bilhões de colegas podem fazer o mesmo exercicio.. 
Se eu não sou sonho na minha primessencia ( ja que eu conclui isso anteriormente ), então os demais muito provavelmente também não são... 

Dai, a conslusão é que o humano, como especie, é dotado de alma pela sua capacidade inerente de pensar 
O "pensar", atesta a sua existencia em algum ponto 

"res cogitans" 

agora.. 

A alma é a substancia mais real o possivel daquilo que confere ao humano parte de suas caracteristicas existenciais... 
A alma portanto, é quase plena.. Ela existe, a priori quase não parcialmente e talvez completamente.. 

Se o humano, mesmo em sua condição de semi-existencia, servisse de base para algum outro tipo de representação, por exemplo um mundo virtual que existisse baseado na sua consciencia pessoal ( na sua estrutura neuronal ), por meio de avanços tecnologicos, tal mundo seria obrigatoriamente menos existente que voce, humano, ja que ele dependeria da sua existencia humana, para garantir a dele proprio 

Admitimos que a alma é a primessencia do humano mas ela pode não ser a primessencia de todas as coisas.. Se a alma existe para nós, a alma não necessariamente TEM que existir para ela mesma... 
Na realidade ela nem DEVE existir para ela mesma, pois ela mesma não pode logicamente atrir a sua propria existencia.. 

Se existe uma pré alma causa da alma, então essa pré-alma também possui uma pre-pré-alma.. 
...e a cadeia portanto, é infinita 

Há de existir então, um fim-coisa ilógico, uma geratriz fundamental que exista por si propria, plenamente e completamente... 

Causa primeira das almas e por consequencia, de tudo mais em si da somatória de coisas-em-si 

Há de existir algo que seja o alpha e o ômega de tudo aquilo que o é 

Acredito que eu não precise explicitar quem seria essa figura na visão do noso amigo francês, não é verdade ? 

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Bons estudos