Como começou os ataques terroristas na Europa?
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Os atentados de Bruxelas acontecem apenas quatro meses depois dos de Paris, que tornaram 2015 no ano com o maior número de vítimas mortais - 148 - em ataques terroristas na Europa Ocidental na última década. É preciso recuar a 2004, o ano dos atentados de Madrid, para encontrar um número superior - 196 - e o ataque que abalou a capital espanhola a 11 de março foi o maior em número de feridos desde o final da II Guerra Mundial.
Mas o terrorismo está longe de ser um fenómeno novo em solo europeu e nos anos 70 o número de atentados era até maior. Os números mostram que este estes ataques vieram interromper uma década de relativa tranquilidade, depois anos muito mais conturbados nas décadas de 70 e 80 do século passado.
As estatísticas do Global Terrorism Database para a Europa Ocidental mostram que em 1979 foi registado o número mais alto, 1019 atentados - a maioria sem vítimas mortais e de movimentos separatistas, como o IRA no Reino Unido, a ETA em Espanha ou mesmo a Frente de Libertação dos Açores, em Portugal, que chegou a realizar atentados violentos. Aliás, Irlanda do Norte, Espanha, Itália estavam na lista do 20 países com mais ataques entre 1970 e 2007.
Os grandes ataques dos últimos anos na Europa Ocidental distinguem-se - com exceção do perpetrado por Andreas Breivik na Noruega em 2011, que causou 77 mortos - por serem enquadrados no terrorismo transnacional e ligado ao extremismo islâmico - Madrid em 2004 e Londres em 2005, com 52 mortos - enquanto nos anos 70 e 80 estavam muito mais ligados aos separatismo locais ou ao radicalismo político.