Como chama os cientistas que desenvolveram a Teoria da tectônica de placas?
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Resposta:
Um dos temas mais fascinantes estudados pela Geografia e Geologia é a deriva dos continentes e a movimentação das placas tectônicas. Os processos que levam a crosta terrestre a se movimentar provocam fenômenos (erupções vulcânicas, terremotos e falhas na superfície) que mais parecem tirados de livros de ficção científica. Porém, de ficção eles não tem nada. São cientificamente provados e comprovados.
O primeiro cientista a teorizar sobre os movimentos da crosta terrestre foi Alfred Wegener (1880-1930). Em uma carta à sua futura esposa Else ele disse: “A costa leste da América do Sul se encaixa perfeitamente na costa oeste da África, como se um dia tivessem estado juntas”. O contorno e encaixe quase perfeito de alguns continentes foi a primeira evidência descrita por Wegener de que eles poderiam ter sido unidos em algum momento da história da Terra.
Ele viajou especialmente pela América do Sul e África buscando outras evidências dessa possível união dos continentes e descobriu que os relevos das duas regiões (Brasil e África ) se completam e, apesar de haver um oceano entre elas, os fósseis de animais encontrados nessas duas regiões eram da mesma espécie e época além de plantas parecidas.
Com essas evidências Wegener escreveu o livro A Origem dos Continentes e Oceanos (1915) no qual propôs a existência de um supercontinente denominado Pangea e apenas um oceano chamado de Panthalassa.
Porém, caiu no descrédito da comunidade científica por apresentar apenas evidências da Pangea sem explicar os mecanismos que levaram à sua fragmentação para configurar oceanos e continentes do modo como são hoje. Para ter uma ideia, ele dizia que o movimento dos continentes era causado pelos ventos e movimentos da água do mar.
Ele morreu em 1930 em função das condições severas do clima em uma expedição para a Groelândia sem reconhecimento pela sua pesquisa sobre a movimentação dos continentes.
Com a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) foi desenvolvido o sonar que, após a guerra, passou a ser utilizado também para fins científicos. Um dos usos foi o mapeamento do assoalho oceânico. Esse mapeamento, associado a estudos da idade das rochas (geocronologia), começou a reascender a teoria da Deriva Continental. Os cientistas norte americanos Harry Hess e Robert Dietz propuseram, a partir desses estudos, que a crosta terrestre se fragmenta no fundo do Oceano Atlântico e, por essas fraturas, há saída de magma do interior da Terra. Essas fraturas são provocadas pela pressão e movimentos do material existente no manto.Em 1965, o geólogo canadense Tuzo Wilson descreveu, pela primeira vez, a tectônica em torno do globo em termos de “placas” rígidas movendo-se sobre o manto e em 1968 foi formulada então a Teoria da Tectônica de placas (a palavra tectônica origina-se do grego τεκτονικóç, ou seja, relativo à construção).
Essa teoria diz que a crosta terrestre é formada por vários pedaços que se movimentam em função dos deslocamentos do magma no manto. Com isso, pode-se dizer que esses três cientistas elevaram Alfred Wegener à categoria de um dos cientistas mais importantes da história uma vez que a Tectônica de Placas explica e complementa a Deriva dos Continentes ao tratar dos mecanismos internos da Terra (as correntes de convecção do magma) que provocam os movimentos da crosta terrestre.